Olhando em Redor

Tailândia, um país estável

Chegou o mês de Agosto, e com ele o direito às merecidas férias de Verão, razão pela qual viajei há poucos dias para o meu destino preferido na Ásia. Ou seja, a Tailândia. No Aeroporto Internacional de Macau sentia-se o cheiro a férias, com famílias de várias etnias a despacharem as suas bagagens nos respectivos balcões de “check-in”.

Desta vez aterrei pouco depois do meio-dia no Aeroporto Internacional de Don Mueang, onde demorei cerca de meia hora na fila da imigração, quando não há muito pouco tempo tive “secas” de uma hora e meia, após a meia-noite. Também não fui dos mais afectados, pois houve quem esperasse cerca de quatro horas para ter o visto de entrada, algo que mudou assim que o assunto foi notícia na Imprensa tailandesa.

Contratempos à parte, tratei logo de submergir no que Banguecoque tem de melhor: a gastronomia (quer local, quer internacional). Para quem gosta dos centros comerciais recomendo vivamente uma ida ao restaurante “On the Table”, onde qualquer um pode sentir-se no paraíso. Há também outros mais requintados, dentro e fora dos centros comerciais, sendo as escolhas tão variadas que se torna quase impossível destacar um restaurante em especial.

Quanto à gastronomia tailandesa, recomendo uma ida ao “Apinara”, no Central World, ao “Nara”, no Central Embassy, e à “Baan Khanitha”, em Sathorn Road, enquanto na cozinha internacional há a “Pala Pizza Romana” (tem a melhor comida italiana que já provei), nas imediações do Terminal 21, e o sempre apetecível “Old German Beerhouse”, na Sukhumvit Soi 11. No que respeita à cozinha de fusão, a minha preferência vai para o “Greyhoung Cafe”.

Em boa verdade, Banguecoque é um paraíso em termos de culinária, quando comparado com o deserto chamado Macau, tanto pelos preços praticados, como pela variedade gastronómica – não desfazendo algumas “casas” que elevam o bom nome do sector na RAEM.

De igual forma, não demorei muito a gozar as instalações de um condomínio, constatando que em Banguecoque podemos ter uma “vida de lorde” com muito menos dinheiro do que em Macau. O termo “vida de lorde” é mesmo o exacto, pois apenas alguém abastado consegue desfrutar do mesmo no território.

Compreendo que muitos residentes pensem sempre na estabilidade quando adquirem uma habitação em Macau – afinal é onde vivem – quando desconhecem que Banguecoque e Hua Hin (já para não falar de Cha Am) são dos poucos lugares que oferecem grande segurança na Ásia para investir no mercado imobiliário, com pouco capital. Para tal, precisam apenas de saber quais são os projectos mais confiáveis, o que lhes escapa. Assim como lhes escapa o facto de não precisarem de formar uma sociedade – na qual serão minoritários por serem estrangeiros – até porque podem ser proprietários em exclusivo.

Constato que a Tailândia é hoje um país estável, mesmo estando sob o jugo da Junta Militar, uma realidade que o mundo ocidental tem sérias dificuldades em compreender, pois desconhece – ou ignora – a História, as tradições, a cultura, os hábitos e os costumes do povo tailandês.

Pedro Daniel Oliveira

 

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