As Novas Tecnologias são, cada vez mais, uma constante presença na nossa vida diária.
Usamos, por exemplo, a Internet para o trabalho e para o lazer; para comunicar com os nossos familiares e amigos, quer estejam longe ou perto; para acedermos rapidamente a todo o tipo de informação e em tempo real partilharmos conteúdos diversos à mesma escala planetária.
Uma das grandes novidades do seu uso consiste em se sobrepor a este ciberespaço uma generalizada consciência da necessidade duma espiritualidade religiosa com consequente busca de Deus, troca de orações e procura do caminho de santidade.
O uso virtuoso das Novas Tecnologias é uma nova forma de evangelização. No meio da vida corrente, da labuta diária no meio do mundo, temos sempre ao nosso dispor uma forma de falar de Deus aos outros cibernautas, gente que busca a felicidade e não sabe onde a procurar nem como ela está tão perto de si.
Ciente da premência deste feliz casamento entre Igreja e Internet é imperioso que “não se perca o Norte”, que sejamos utentes com critérios de exigência no seu bom uso, evitando também um excessivo abuso.
Todavia convém não esquecer alguns cuidados a ter para evitar algumas situações desagradáveis ou, eventualmente, mais desastrosas:
Durante os períodos de trabalho mais intenso, ou durante as aulas, deve desligar-se da obsessão da informação virtual;
Recorrer a perfis ou blogs como forma de protagonismo também não será muito aconselhado;
Quando se fala com outras pessoas, durante as refeições, encontros familiares, encontros sociais ou culturais, também não deve atender servir-se do telefone, a menos que se trate de um assunto muito relevante;
Salvaguarde sempre a sua intimidade e a dos outros, evite a dispersão e a superficialidade, não perca tempo com o desnecessário e o banal.
Por muito que nos sintamos deslumbrados e fascinados não sejamos ingénuos mas prudentes. As amizades virtuais, a partilha de intimidades, o vazio moral e a falta de sinceridade podem por a nu toda uma interioridade, intimidade e dignidade, que sempre são presa cobiçada por predadores em constante busca da vida privada, pessoal e moral de quem se atira ingenuamente para um mundo desconhecido, sem barreiras, nem limites.
Susana Mexia
Professora