Nova Publicação de Maria Teresa Compte

“Dez coisas que o Papa Francisco propõe às mulheres”

O Papa assinou o prefácio de um livro dedicado às mulheres, que foi apresentado na passada quarta-feira, mostrando-se preocupado com “a persistência de uma certa mentalidade machista”, mesmo nas “sociedades mais avançadas”.

Francisco denuncia a violência contra as mulheres, objecto de “maus-tratos, tráfico e lucro”, bem como a exploração de “certo tipo de publicidade e na indústria do consumo e da diversão”.

No prefácio que escreveu para o livro de Maria Teresa Compte, “Dez coisas que o Papa Francisco propõe às mulheres” (Publicações Claretianas), o actual pontífice convida a uma “renovada investigação antropológica”, para aprofundar a identidade feminina e masculina à luz dos “progressos da ciência e das actuais sensibilidades culturais”.

O Papa mostra preocupação pelo facto de, na própria Igreja, existir uma ideia de “servidão” das mulheres, em vez de as ligar a missões de “verdadeiro serviço”.

A obra fala da necessidade de superar uma cultura “patriarcal” e de promover um diálogo da Igreja Católica com os feminismos.

Francisco saúda ainda a referência a um “estilo mariano”, de amar a todos com ternura e afecto, inspirado na figura da Virgem Maria.

“Que estas ‘dez coisas’ possam ajudar quem lê e que o Senhor as multiplique, caminhando sempre rumo a uma sensibilidade e a um reconhecimento maior da missão e da vocação da mulher”, conclui.

Maria Teresa Compte é directora do mestrado sobre Doutrina Social da Igreja na Pontifícia Universidade de Salamanca, Espanha.

 

PERDOAR PARA SER PERDOADOS

O Papa alertou, na passada terça-feira, para o perigo de guardar “rancor” no coração e disse que o primeiro passo para ser perdoado é reconhecer-se pecador.

“Não é fácil, porque o rancor aninha-se no nosso coração e existe sempre aquela amargura. Muitas vezes, carregamos connosco a lista das coisas que me fizeram”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.

O Papa pediu aos fiéis que não se deixem escravizar pelo ódio, ao ponto de não conseguir perdoar.

“Sempre neste caminho de conversão, que é a Quaresma hoje, a Igreja faz-nos reflectir sobre o perdão”, observou, alertando para os que se justificam “vendo o que de mau fizeram os outros”.

“O perdão de Deus chega até nós com força, desde que perdoemos os outros”, disse.

In ECCLESIA

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