Catedral de Manágua alvo de ataque
A catedral de Manágua, na Nicarágua, foi atingida há uma semana por um engenho explosivo que provocou um incêndio na capela do Sangue de Cristo, destruindo o crucifixo que ali era venerado.
O cardeal D. Leopoldo José Brenes, arcebispo de Manágua, fala num “acto terrorista” e de ódio à Igreja Católica, alvo de vários ataques dos apoiantes do Presidente Daniel Ortega, nos últimos meses.
Em comunicado, a arquidiocese local afirma que se trata de “um acto premeditado e planeado, realizado por uma pessoa experiente”.
O crucifixo “foi queimado na sua totalidade por um dispositivo ainda não identificado”, mas o ataque não deixou feridos.
A arquidiocese de Manágua diz tratar-se de uma “acção deplorável” que “ofende e fere profundamente” todos os católicos do país da América Central.
“Este facto condenável soma-se a uma série de actos sacrílegos, de violações da propriedade da Igreja, de assédios aos templos, que mais não são do que uma cadeia de eventos que reflectem o ódio à Igreja Católica e à sua obra de evangelização. Os ataques contra a fé do povo católico exigem uma análise profunda, para esclarecer os autores intelectuais e materiais deste acto macabro e sacrílego”, acrescenta o comunicado, divulgado pelo portal de notícias do Vaticano.
São João Paulo II esteve em oração diante do crucifixo do “Sangue de Cristo”, quando visitou a catedral, em Fevereiro de 1996.
A Conferência Episcopal da Espanha e o embaixador dos Estado Unidos na Nicarágua, entre outros, manifestaram a sua solidariedade à arquidiocese de Manágua.
Entretanto, o Papa Francisco falou aos católicos da Nicarágua. “Penso no povo da Nicarágua, que sofre por causa do atentado na catedral de Manágua, onde ficou muito danificada, praticamente destruída, uma imagem de Cristo, muito venerada, que acompanhou e sustentou durante séculos a vida do povo fiel”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do Ângelus.
“Caros irmãos da Nicarágua, estou próximo e rezo por vós”, acrescentou.
Também o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) manifestou a sua solidariedade aos católicos de Manágua, após o atentado.
In ECCLESIA