A mensagem sobre a mudança de sexo nos Órgãos de Comunicação Social é pura doutrinação. Falta imparcialidade e conhecimento fiável. Neste contexto, é importante o trabalho das dioceses na vida das crianças e dos jovens. Há dias foi redigido e publicado um manifesto, assinado por 140 médicos e cientistas de várias especialidades, a exigir aos media que transmitam informações objectivas sobre esta matéria.
O manifesto nasceu entre intelectuais da França, Bélgica, Alemanha, Grã-Bretanha e Suíça, a que se juntaram outros. Não está relacionado com a comunidade cristã ou com a Igreja Católica, mas está fundamentado em pesquisas fiáveis e factos cientificamente aprovados sobre mudança de sexo. É a reacção de quem está preocupado com a promoção da emancipação da “criança trans”, uma doutrina que está já a invadir os jardins-de -infância.
“Como cientistas, profissionais de cuidados infantis e académicos, opomo-nos fortemente à noção de que mulheres e homens são meras construções sociais ou identidades pré-concebidas”, diz o manifesto. Os seus signatários enfatizam que existem apenas dois géneros e que estes não são uma escolha. Nascemos “menina” ou “menino”. O sexo é determinado à nascença e registado no Cartório Civil. Os cientistas enfatizam que podemos mudar a aparência do corpo, mas não o seu registo cromossómico. Ao mesmo tempo, lamentam que os media acolham de forma inequívoca e acrítica as reivindicações infundadas dos activistas transgénero, não dando o mesmo protagonismo a quem crítica ou denuncia tais movimentos.
Os mesmos signatários exortam os media a apresentarem, com veracidade e seriedade, as pesquisas e os factos que cientificamente atestam as ideias ou argumentos recorrentemente utilizados pelos defensores e promotores da livre mudança de sexo. Segundo eles, a mensagem dominante é a de que tal decisão é a solução milagrosa para o mal-estar sentido pelos adolescentes. Isto leva ao aumento do “autodiagnóstico” entre os jovens, sendo que em menos de uma década os pedidos para mudança de sexo aumentaram 25 vezes. De acordo com os signatários do manifesto, tais pedidos são tratados com muito descuido pelos médicos e pelos psicólogos, que tendem a render-se à ditadura de género, sem se preocuparem com as consequências a longo prazo para as crianças e adolescentes.
A concluir, os 140 cientistas enfatizam que a mudança de sexo nas crianças é um dos maiores escândalos éticos e de saúde pública que decorre sob a pressão dos ideólogos de género e a passividade dos media.
Beata Zajączkowska
In Vatican News – Texto editado