Miguel, Gabriel e Rafael

Igreja celebrou a festa dos arcanjos

A Igreja Católica celebrou ontem a Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

Entre “os puros espíritos que também são denominados Anjos” (Credo do Povo de Deus) sobressaem três que têm sido especialmente honrados através dos séculos e que a Liturgia une na mesma celebração. Além das funções próprias de todos os anjos, eles aparecem na Sagrada Escritura incumbidos de missão especial.

São Miguel (= “Quem como Deus”) é o príncipe dos anjos, identificado, por vezes, como o anjo do turíbulo de ouro de que fala o Apocalipse. É o anjo dos supremos combates. É o melhor guia do cristão, na hora da viagem para a eternidade. É o protector da Igreja de Deus (Apoc. 12-19).

São Gabriel (= “Deus é a minha força”) é o mensageiro da Incarnação (Dan. 9, 21-22). É o enviado das grandes embaixadas divinas: anuncia a Zacarias o nascimento do Precursor e revela a Maria o mistério da divina Maternidade. Pio XII, em 12 de Janeiro de 1951, declarou este Arcanjo patrono das telecomunicações.

São Rafael (= “Medicina de Deus”) manifesta-se na Bíblia como diligente e eficaz protector duma família que se debate para não sucumbir às provações. É conselheiro, companheiro de viagem, defensor e médico.

 

Palavras do Papa Francisco

Satanás apresenta as coisas como se fossem boas, mas a sua intenção é destruir o homem, até mesmo com motivações “humanísticas”. Os anjos lutam contra o diabo e nos defendem. Isto foi, em síntese, o que disse o Papa Francisco na homilia de uma missa celebrada na Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja celebrou a Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

As leituras apresentam-nos imagens muito fortes: a visão da glória de Deus narrada pelo profeta Daniel com o Filho do Homem, Jesus Cristo, diante do Pai; a luta do Arcanjo Miguel e os seus anjos contra «o grande dragão, a serpente antiga, aquele que é chamado diabo» e «seduz toda a terra habitada», mas é derrotado, como afirma o Apocalipse; e o Evangelho em que Jesus diz a Natanael: «Verás o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do homem». O Papa Francisco falou da «luta entre o demônio e Deus».

«Mas esta luta ocorre depois que Satanás procura destruir a mulher que está para parir o filho. Satanás sempre procura destruir o homem: o homem que Daniel via ali, na glória, e que Jesus dizia a Natanael que viria na gloria. Desde o início a Bíblia nos fala disto: desta sedução de Satanás para destruir. Por inveja. Nós lemos no Salmo 8: “Tu fizeste o homem superior aos anjos”, e esta inteligência tão grande do anjo não podia suportar esta humilhação, que uma criatura inferior fosse feita superior; e buscava destruí-la».

«A luta é uma realidade quotidiana, na vida cristã: no nosso coração, na nossa vida, na nossa família, no nosso povo, nas nossas igrejas… Se não se luta, seremos derrotados. Mas o Senhor deu esta missão principalmente aos anjos, de lutar e vencer. E o canto final do Apocalipse, após esta luta, é tão bonito: “Agora se cumpriu a salvação, a força e o Reino de nosso Deus e o poder do seu Cristo, porque foi precipitado o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava diante do nosso Deus dia e noite”», concluiu o Santo Padre.

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