Por uma paz justa e duradoura
Os patriarcas e líderes das Igrejas de Jerusalém apelaram, na sua mensagem de Páscoa para este ano, que o futuro traga “uma paz justa e duradoura” para a região “e em todo o mundo”.
No texto, publicado na passada Sexta-feira Santa pelo portal “Vatican News”, aqueles responsáveis lembram “todas as regiões onde reina a violência e a angústia”, onde está em causa a vida de “pessoas inocentes”, de “mulheres e crianças que sofrem”, e também a preservação dos “lugares de culto”.
Na missiva exortam a sociedade em geral “a respeitar a dignidade de cada pessoa humana” e a construir um mundo onde seja possível “caminhar juntos para a integridade e a plenitude da vida”.
Os autores da mensagem recordam que Jerusalém é “a cidade da paz e da reconciliação” e apelam a que seja defendido o carácter “multi-religioso e multicultural” do território, “para que assim todas as crenças aqui representadas possam viver a sua fé em tranquilidade”.
Subordinada ao tema “Jerusalém, a cidade da ressurreição, é o farol da esperança e da vida”, a mensagem dos patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém refere de modo particular os “cristãos de todo o mundo” e todos os “fiéis na Terra Santa e no Médio Oriente”, para que estes possam encontrar “novas forças nas celebrações pascais”.
“Que todos possamos ser testemunhas da ressurreição através da promoção dos valores de nosso Senhor ressuscitado, que é o caminho, a verdade e a vida, através do envolvimento activo na vida da Igreja e da sociedade em geral”, pode ler-se.
A mensagem é assinada pelos representantes cristãos em Jerusalém, entre eles o arcebispo D. Pierbattista Pizzaballa, administrador apostólico da Jerusalém dos Latinos, e o padre Francesco Patton, Custódio da Terra Santa.
Apesar do dia da Sexta-feira Santa assinalar a Paixão e Morte de Cristo, aqueles responsáveis recordam que “não é a morte a dar a última palavra, mas o Deus da vida” e que é essa certeza que deve animar todas as comunidades cristãs, na sua vivência e testemunho.
“A festa da ressurreição recorda-nos que a dignidade humana deve ser respeitada e honrada”, completam líderes cristãos de Jerusalém.
In ECCLESIA