Irmãs Doroteias

Portuguesa eleita superiora geral

A religiosa portuguesa Maria da Conceição Ribeiro é a nova superiora geral das Irmãs Doroteias, assumindo uma missão de seis anos com preocupações de «fidelidade» ao dinamismo de «dar a vida até ao fim».

Em entrevista à ECCLESIA, a irmã Maria da Conceição Ribeiro revela que as religiosas, reunidas em Capítulo Geral, sublinharam a importância de viver uma «experiência espiritual» num processo formativo que as aproxime cada vez mais de Jesus e a «aprofundar as raízes carismáticas».

A nova superiora geral, eleita este mês no 21.º encontro mundial das Irmãs Doroteias, acrescenta que há um incentivo à «colaboração», através de plataformas apostólicas, numa espiritualidade de comunhão como «contributo para uma missão comum».

O órgão máximo de autoridade da congregação, nos próximos seis anos, pretende ainda que se realizem, por exemplo, encontros internacionais de formação por âmbitos de missão; criar uma comissão mista de irmãs e leigos que construa um projecto de formação permanente de leigos.

Segundo a irmã Maria da Conceição Ribeiro, a «fidelidade ao dinamismo» destas linhas de acção vai determinar a «qualidade» dos passos na concretização do «dar a vida até ao fim».

Pela primeira vez o Capítulo Geral teve a presença de leigos que representaram três áreas continentais onde as irmãs estão presentes – África, América Latina e Europa – «um momento histórico» cujo sinal pode revelar a «visão do serviço e da presença» da congregação na sociedade.

«Colaborando e trabalhando juntos em direcção à meta que queremos alcançar, a transformação do mundo em família de Deus», esclareceu a entrevistada, a partir de Roma.

A reunião do órgão máximo de autoridade da congregação acontece a cada seis anos, e desde 2009, com a «palavra de ordem» – “Como Mulheres de Fé, fazei o que Jesus vos disser” – as Irmãs Doroteias percorreram um «caminho exigente» para crescerem numa «síntese fé-vida», «harmonizando» o mais possível as duas dimensões do «ser Doroteias: Mística e profecia».

Com uma história de 181 anos, estas religiosas estão a viver o Ano da Vida Consagrada no acolhimento aos objectivos proposto pelo Papa Francisco porque «ajudam a unificar a vida não só como consagradas mas como pessoas».

A nova superiora geral assinala que a província portuguesa é a que tem «maior número de irmãs» na congregação e mesmo com um número elevado de idosas «tem muito dinamismo»; uma presença que celebra 150 anos, com três grandes momentos, em 2016.

O XXI Capítulo Geral elegeu ainda outra religiosa portuguesa, a irmã Maria Emília Monteiro Nabuco, para o conselho geral desta congregação que fica completo com as irmãs Lourdes Pereira Pires (Brasil), Margarida Adelaide Kundjutu (Angola) e Piera Francesca Balocco (Itália).

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