Um hino à tolerância.
No distrito de Ruwi ergue-se o complexo cristão que alberga a igreja católica dos Santos Pedro e Paulo, paredes-meias com a igreja de São Tomé em Omã, local de culto para os fiéis da igreja ortodoxa Mar Gregorios e da igreja Mar Thoma no Omã, sem esquecer o Centro da Sociedade Bíblica e um cemitério nas traseiras.
Chegámos por volta das 15 horas. O sol abrasador não está para veleidades. Não se vislumbra vivalma, à excepção de um crente que está diante do portão da igreja católica, com as palmas das mãos juntas ao nível do rosto e um lenço de linho a tapar-lhe a cabeça. Esperámos que acabasse a oração e inquirimos a razão para tanta calmaria? Explica-nos Babu Matthew, de 60 anos, natural de Cochim, na Índia, que a igreja encontra-se encerrada entre as 12 horas e as 16 horas, assim como sucede com o Mutrah Souq (Mercado de Mutrah, o mais antigo de Omã).
«[Os omanis] são muito correctos [com os fiéis da Igreja Católica]. Não há problema. Podemos orar. O sultão Qaboos deu permissão para os católicos e os hindus, assim como para todos, professarem as suas crenças religiosas», frisa o senhor Matthew, a residir em Omã há 32 anos.
Na capital também há a igreja católica do Espírito Santo de Ghala, servindo ambas essencialmente as comunidades expatriadas de Mascate e respectivos descendentes.
P.D.O.