Homenagem ao Padre Áureo Castro no Centenário Natalício

Recordar o homem e a obra.

A Academia de Música São Pio X, em colaboração com o Centro Diocesano dos Meios de Comunicação Social, organiza entre 15 e 22 de Janeiro a “Exposição Comemorativa do Centenário do Nascimento do Padre Áureo Castro”.

Trata-se de uma exposição multimédia de fotografias e partituras manuscritas, incluindo registos da digressão musical da Academia realizada em Agosto de 2013 à terra natal do padre Áureo. A mostra decorrerá diariamente, entre as 10 e as 17 horas, no corredor lateral da igreja de São Domingos.

A 18 de Janeiro, dia em que se assinala o centenário do seu nascimento, vai ser celebrada missa, pelas 18 horas e 30, também na igreja de São Domingos. Outras iniciativas vão decorrer ao longo do ano para assinalar a efeméride.

«Não podíamos deixar passar esta ocasião sem assinalar devidamente este centenário, visto o padre Áureo ter sido o fundador da Academia», referiu o director da Academia de Música São Pio X, padre João Lau.

«Foi também uma pessoa que se destacou no campo da música, sendo muito importante em termos culturais, ao permitir a abertura de uma janela da música sacra para a sociedade, que até então estava confinada à igreja. Através da Academia, formou várias pessoas no campo musical, tendo algumas delas ido para o estrangeiro», acrescentou a’O CLARIM o pároco da igreja de São Lázaro.

Áureo da Costa Nunes e Castro (1917-1993) nasceu na freguesia de Candelária, Ilha do Pico, no arquipélago dos Açores. Em 1931 ingressou no Seminário de São José de Macau, onde em matéria musical educaram e influenciaram o cónego André Ngan e o padre Wilhelm Schmid.

Depois de receber ordenação sacerdotal em 1943, foi admitido no curso de composição do Conservatório Nacional de Lisboa em 1951. Concluído este curso com distinção em 1958, regressou a Macau, dedicando-se à promoção da música no território.

Fundou o Grupo Coral Polifónico e a Academia de Música São Pio X, respectivamente em 1959 e 1962, dando assim um importante passo no desenvolvimento musical de Macau. Em 1974 organizou com grande sucesso um sarau no qual actuaram vários agrupamentos corais e instrumentais, bem como alunos da Academia. Em 1983 fundou a Orquestra de Câmara de Macau, actual Orquestra de Macau.

Entre mais de duzentas composições da sua autoria, contam-se, na maior parte, peças corais religiosas e vocais, entre outras de piano tipicamente chinesas. Foi director d’O CLARIM entre 21 de Novembro de 1948 e 24 de Abril de 1949.

PEDRO DANIEL OLIVEIRA

pedrodanielhk@hotmail.com

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