Francisco acolheu delegação de Judeus do Cáucaso

Papa defende salvaguarda da liberdade religiosa

O Papa recebeu, na passada segunda-feira, no Vaticano, uma delegação da comunidade judaica do Cáucaso, para um encontro que teve como tema central a questão da liberdade religiosa.

De acordo com o portal Vatican News, Francisco salientou que «a liberdade religiosa é um bem supremo a ser salvaguardado, um direito humano fundamental e um baluarte contra a afirmação dos totalitarismos».

Esta foi a primeira vez, refere a mesma fonte, que representantes do Congresso Mundial dos Judeus do Cáucaso se deslocaram a Roma para uma audiência com o Papa.

O diálogo entre as duas partes aconteceu no contexto da memória do holocausto nazi, que custou a morte a muitos membros da comunidade judaica.

A história dos judeus do Cáucaso vem desde o século V depois de Cristo, com origem na antiga Pérsia, hoje conhecida como Irão.

Durante muitos séculos esta comunidade esteve presente sobretudo na região montanhosa junto ao Mar Cáspio, mas com a queda da antiga União Soviética a maior parte está agora radicada em países como a Rússia e o Azerbaijão.

Durante a audiência, Francisco começou por recordar o encontro que teve em Setembro último com a comunidade judaica na Lituânia, no âmbito da viagem apostólica que promoveu à região leste da Europa, e neste caso também à Letónia e à Estónia.

Uma visita que serviu para assinalar também o 75.º aniversário da destruição do gueto judeu que havia sido criado em Vilnius, na capital lituana.

Sobre as relações entre cristãos e judeus, o Papa argentino frisou que «um cristão não pode ser anti-semita».

«Nós partilhamos as mesmas raízes, seria uma contradição de fé e de vida. Pelo contrário, somos chamados a trabalhar de modo a que o anti-semitismo seja banido da comunidade humana», completou Francisco.

In ECCLESIA

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