Hamilton: rei no Faroeste?
O Catolicismo nos Estados Unidos desenvolveu-se em paralelo com a própria história da União. Deixou de ter pouca expressão como religião ainda no período colonial, mas mais tarde viria a tornar-se a maior denominação cristã nos Estados Unidos. Em 2003, a Igreja Católica contava com 76,9 milhões de fiéis, sendo o terceiro país com maior predominância de católicos no mundo, a seguir ao Brasil e ao México. Percentualmente, os católicos da União são pouco mais de 21 por cento da população do País. A Igreja Católica ultrapassou recentemente a “Convenção Baptista do Sul”, que se encontrava no primeiro lugar em número de fiéis.
Já a história da Igreja Católica no México começa com a “conquista”, na qual se foram substituindo as antigas práticas religiosas de carácter politeísta, de outras culturas ancestrais, pelas práticas e dogmas da Igreja Católica, assim como a adopção do Castelhano como língua oficial do País. A partir destes dois factos deu-se a fusão das várias crenças autóctones com o Catolicismo, o que resultou num sincretismo religioso único no mundo. Durante a Guerra da Independência, o mais sagrado símbolo religioso do México, a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, foi incorporado na bandeira nacional. Desde 1917 a 1993 as instituições religiosas foram ignoradas. Foi durante o Governo de Carlos Salinas que as diferentes designações religiosas foram reconhecidas oficialmente pelo Estado. Em 2010, numa população de 108 milhões de habitantes, estavam recenseados 99 milhões de católicos.
Entre Austin e a Cidade do México
Disputa-se este fim-de-semana o Grande Prémio dos Estados Unidos, e no dia 28 o Grande Prémio do México.
Inaugurado em 2012, o Circuito das Américas depressa se tornou num polo de atracção especial para os pilotos. O autódromo foi estudado para receber todo e qualquer tipo de desporto motorizado, sendo o traçado da autoria da empresa de arquitectura HKS, com o apoio de Hermann Tilke. Tem diferentes cotas geodésicas, com alterações até quarenta metros. As bancadas podem receber cerca de 120 mil pessoas e têm como curiosidade o facto de serem semi-permanentes. Este poderá ser um Grande Prémio – digamos – especial, pois Lewis Hamilton poderá entrar na restrita lista de “imortais” da Fórmula 1, que conta apenas com dois nomes nos seus 68 anos de existência. São eles, o argentino Juan Manuel Fangio, que averbou cinco vitórias no Campeonato do Mundo de Pilotos em 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957, e Michael Schumacher, com sete vitórias em 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004.
No início da temporada a Ferrari, aparentemente, apostou em carros totalmente novos e no seu primeiro piloto, Sebastian Vettel. Nas primeiras corridas o piloto alemão parecia estar imparável, mas acabou por cometer vários erros que beneficiaram as outras equipas, especialmente a Mercedes. O próprio Vettel já afirmou, em declarações à Imprensa, ser o maior inimigo dele próprio.
É pois possível que no Domingo o campeonato atinja o seu clímax, se Hamilton vencer nos Estados Unidos ou terminar no segundo degrau do pódio. De qualquer forma ainda há mais três provas depois dos “States”, e tudo pode acontecer!
A corrida está agendada para as 02 horas e 10 da madrugada de segunda-feira em Macau.
Como já referimos, independentemente do desfecho deste fim-de-semana, estão ainda agendados mais três Grandes Prémios: México (28 de Outubro), Brasil (11 de Novembro) e Emirados Árabes Unidos (25 de Novembro).
Na Cidade do México, o hoje Autódromo Hermanos Rodríguez renasceu das cinzas do “Magdalena Mixhuca”. No seu reinício ficou patente uma brutal falta de segurança, que custaria a vida a Ricardo Rodríguez, na qualificação para uma prova extra do campeonato. O irmão mais novo, Pedro, tornar-se-ia um ídolo querido de todos os adeptos mexicanos, e não só. Pedro distinguiu-se em Sport Protótipos ao volante da Porsche e da Ferrari, e na Fórmula 1 com um Ferrari de fábrica. Naquele tempo os pilotos de carros de corridas não recebiam os salários milionários de hoje. Frequentemente participavam em provas particulares ou quase desconhecidas. Foi numa dessas corridas que Pedro Rodríguez faleceu, ao volante de um Ferrari 512M.
Na década de 60 o Grande Prémio do México marcava o fim do campeonato. Depois de ter caído no esquecimento por muito tempo, regressou, depois de grandes obras patrocinadas por investidores privados e pelo Governo mexicano. O traçado é muito apreciado pelos pilotos, equipas e fãs.
A prova da Cidade do México está agendada para as 02 horas e 10 da madrugada do dia 29 de Outubro em Macau.
Manuel dos Santos