A família é a primeira e insubstituível educadora para a paz, é a célula vital e o fundamento da sociedade.
Ela é o lugar por autonomásia onde se devem praticar as virtudes da convivência e onde se dá o principal relacionamento social das crianças com os adultos.
A família natural, enquanto comunhão íntima de vida e de amor fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, constitui o centro da humanização da pessoa e da sociedade, o berço da vida e do amor.
Nela se vivem as componentes indispensáveis ao ser humano, como a justiça, o amor, a autoridade manifestada pelos pais, a ajuda e a disponibilidade para os outros, nomeadamente os mais fragilizados pela idade ou doença.
Naturalmente que combater a instituição familiar debilita a paz em toda a comunidade, nacional e internacional, porque enfraquece e impede a formação do ser humano no sentido duma maior compreensão de si, dos outros e das instituições.
Quando a sociedade e a política não se empenham em ajudar a família nesses campos tão necessários, privam toda a humanidade de um recurso essencial ao serviço do bem e da paz.
Também os Meios de Comunicação Social, pelas potencialidades educativas de que dispõem, têm uma responsabilidade especial na promoção do respeito pela família, exaltando e enaltecendo toda a riqueza que pode existir no seu seio.
Em suma, se a paz no mundo se constrói a partir da educação, de serenidade, do amor e dos valores que se praticam na intimidade desse ecossistema a que se chama lar, é uma realidade que a todos nos assiste a possibilidade e a responsabilidade de acrescentar a nossa parte, sabendo que estamos a contribuir para uma sociedade cada vez menos imperfeita.
Fortalecer a família será o caminho privilegiado para curar os conflitos existentes no coração humano, substituir o ódio pelo amor, a solidão pela partilha e afundar o mal em abundância de bem.
Susana Mexia
Professora