Educar para o mundo digital
É absolutamente inegável que o ambiente digital forma parte da vida quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. Também é evidente que esta nova cultura de comunicação possui muitos benefícios. E que contribuiu para o desenvolvimento de inúmeras capacidades até um nível que era simplesmente inimaginável no passado.
As novas tecnologias não são um simples acessório para muitíssimas pessoas: são uma autêntica extensão da vida do dia-a-dia.
Por este motivo, é indispensável que os pais percebam que educar nas novas tecnologias é essencial nos dias de hoje. Não é nenhuma opção. É uma obrigação – e das grandes!
Porque o mundo digital – quer queiram quer não – influirá muitíssimo na vida e na felicidade dos seus filhos.
O ideal é que o uso das novas tecnologias redunde numa melhora integral da pessoa. É preciso ajudar os filhos a usarem estes meios com liberdade, responsabilidade e temperança.
Seria absurdo, por exemplo, que os filhos não dormissem as horas necessárias porque não conseguem deixar de responder a mensagens no telemóvel ou jogar com o computador. É, sem dúvida nenhuma, disparatado. No entanto, segundo alguns estudos recentes, parece que é um acontecimento bastante comum em muitas famílias.
Senhores pais: não deixem de ajudar os vossos filhos a reflectir sobre os modos sensato e insensato de utilizar estes meios digitais. E, por favor, não se esqueçam de educar também com o exemplo.
Se no passado havia falta de informação, nos dias que correm um problema sério é o seu excesso. A mente humana pode cair facilmente na dispersão e passar a ter dificuldades graves de concentração.
Diante destes mundos de informação que são tudo menos inócuos convém ajudar a reflectir: como posso servir-me destes recursos de um modo positivo? Como posso evitar que o seu uso me faça perder o domínio próprio sobre as minhas acções e emoções?
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Doutor em Teologia