Francisco pede que se reze pelas vítimas do «horror da guerra»

DESEJO FORMULADO NA AUDIÊNCIA GERAL DESTA SEMANA, NO VATICANO

Francisco pede que se reze pelas vítimas do «horror da guerra»

O Papa recordou, na Audiência Geral das quartas-feiras, no Vaticano, as vítimas do «horror da guerra» na Ucrânia e na Terra Santa.

«Mais uma vez, irmãos e irmãs, renovo o meu convite a rezar pelas populações que sofrem o horror da guerra na Ucrânia e na Terra Santa, bem como noutras partes do mundo», disse, no final da Audiência Geral.

«Rezemos pela paz, peçamos ao Senhor o dom da paz», acrescentou.

Francisco, limitado nas últimas semanas devido a problemas respiratórios, confiou a leitura das suas reflexões iniciais a um colaborador.

«A catequese de hoje vai ser lida pelo monsenhor, um colaborador meu, porque ainda estou constipado e não posso ler bem. Obrigado», começou por dizer aos peregrinos presentes.

A catequese, inserida num ciclo de reflexões sobre “os vícios e as virtudes”, abordou o pecado da “soberba”.

“O soberbo é alguém que se acha muito mais do que realmente é; alguém que se agita para ser reconhecido como maior do que os outros, quer ver sempre os seus méritos reconhecidos e despreza os outros, considerando-os inferiores”, alertou o Papa no seu texto.

Francisco deixou ainda saudações aos grupos presentes, incluindo os peregrinos de língua portuguesa: “Particularmente durante este mês, convido cada um de vós a fixar o olhar em São José. A sua humildade e o seu silêncio ajudar-nos-ão a combater a tentação da soberba”.

A Praça de São Pedro acolheu uma delegação de Podkarpacie, na Polónia, por ocasião do 80.º aniversário da morte da família Ulma, fuzilada pelos nazis durante a II Guerra Mundial por ter ajudado judeus.

Para assinalar o aniversário, será realizada uma cerimónia nos Jardins do Vaticano, com a plantação da macieira enxertada pelo beato Józef Ulma.

O Papa tomou a palavra para ler a saudação final, em Italiano, e abençoar os participantes na Audiência Geral.

«Nestes dias de Quaresma, continuai com coragem o vosso compromisso de vos libertardes de tudo o que mascara a vossa vida, voltando-vos de todo o coração para Deus, que nos ama com um amor eterno», apelou.

“24 HORAS PARA O SENHOR”

O Papa vai celebrar, hoje, sexta-feira, a tradicional iniciativa quaresmal “24 horas para o Senhor” (ver anúncio nesta página), na paróquia de São Pio V, em Roma (Itália), com início marcado para as 16 horas e 30 da tarde (serão 23 horas e 30 em Macau).

“O evento ‘24 horas para o Senhor’, uma iniciativa quaresmal de oração e reconciliação introduzida pelo Papa Francisco, assinala este ano a sua 11.ª edição. Tal como anteriormente, o evento será celebrado em dioceses de todo o mundo na véspera do Quarto Domingo da Quaresma, de sexta-feira 8 a sábado 9 de Março”, pode ler-se na nota do Dicastério para a Evangelização.

As paróquias e comunidades cristãs são convidadas a manterem as igrejas abertas durante um dia, com o objectivo de oferecer a possibilidade aos fiéis de fazerem uma pausa num momento de adoração e a oportunidade de se confessarem.

“O lema escolhido pelo Santo Padre para este ano é tirado de um versículo da Carta aos Romanos: «Caminhar numa vida nova» (Rom., 6, 4)”, informa ainda o organismo da Santa Sé.

O Dicastério para a Evangelização já disponibilizou um subsídio pastoral, com o intuito de “oferecer algumas sugestões para que as paróquias e comunidades cristãs se possam preparar para viver esta iniciativa”.

“São, naturalmente, propostas que podem ser adaptadas de acordo com as necessidades e costumes locais”, indica.

O material consiste numa reflexão sobre o Sacramento da Reconciliação (1.ª parte) e ainda sugestões para o tempo de abertura da Igreja (2.ª parte), para que aqueles que ali se confessam possam ser ajudados na oração, além de uma catequese do Papa Francisco sobre o “perdão”.

Este suporte pode ser descarregado de forma gratuita em cinco idiomas (Inglês, Espanhol, Português, Italiano, Polaco e Francês), através do “site” do Dicastério.

A paróquia onde se realiza as “24 horas para o Senhor” situa-se a poucos quilómetros da Casa Santa Marta, no Vaticano, tendo já sido visitada pelos Papas Paulo VI, em 1969, e por João Paulo II, em 1979.

No ano passado, a iniciativa foi assinalada pelo Papa na paróquia de Santa Maria delle Grazie al Trionfale, também em Roma.

In ECCLESIA

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