Como Sansão sem cabelo
Escrever sobre o Covid-19 e as suas repercussões na sociedade nunca foi o meu propósito nestas páginas, pois prefiro abordar outros assuntos que acabam, de uma forma ou de outra, por afectar o dia-a-dia das pessoas. Mas claro, numa pandemia que se alastra há já tanto tempo e com todos os Governos a fazerem questão que o Covid-19 seja uma presença constante nas nossas vidas, torna-se algo estranho tentar evitar um tema que nos é impingido 24 horas.
Recentemente, descobri que um amigo havia sido internado durante quase duas semanas, sendo que antes do internamento teve vários episódios de febre alta, muito alta mesmo. Cada vez que se deslocava ao hospital, nenhum médico o atendia porque não estava identificado como paciente de coronavírus. Segundo me contou, parecia que só havia doentes de Covid-19 e que, como por magia, todas as outras patologias haviam desaparecido. Só após efectuar vários contactos com o seu médico especialista é que lhe foi diagnosticada uma infecção; foi medicado e conseguiu finalmente minorar os sintomas.
Terminado o medicamento, já volvidas duas semanas, as febres regressaram, e sem ter outro recurso viu-se obrigado a ir ao hospital para se submeter ao teste do Covid-19. Não estava infectado, mas a febre passava dos quarenta graus centígrados. Foi então que decidiram interná-lo. Esteve duas semanas sem receber qualquer visita e acabou por ser mandado para casa, pois o médico que o acompanhou considerou que corria mais risco no hospital do que em casa. Entretanto, felizmente, a infecção já está controlada e a febre desapareceu. Continua, no entanto, com o estigma de ter sido tratado como um paciente infectado com Covid-19.
Esta história serve para ilustrar o que se passa na sociedade portuguesa e um pouco por todo o mundo – manietado pela grande indústria farmacêutica. Vivemos, ou obrigam-nos a viver, num estado de pânico permanente que faz com que as pessoas andem tensas. Um ambiente tão pesado que se consegue sentir nos olhares de quem usa máscara quando se cruza com alguém, que como eu só usa máscara em locais onde tal é extremamente obrigatório, isto é, onde o seu uso é decretado pelas autoridades oficiais.
Há uns dias fomos comer gelados e, por incrível que pareça, tivemos de usar máscara. Isto é, foi necessário entrar no estabelecimento com máscara na cara para escolher o gelado, fazer o pedido e pagar. Já sentados na esplanada, repleta de gente, podemos tirar a dita máscara. Contudo, se tivéssemos optado por ficarmos sentados no interior do estabelecimento, poderíamos igualmente retirar a máscara. Fica pois a pergunta: por que razão é necessário usar a máscara para apenas encomendar os gelados e pagar?
Este exemplo junta-se a muitos outros, como os supermercados, onde anda tudo a fazer compras de cara tapada. Se o problema nos supermercados é a contaminação das superfícies e dos produtos, por que não obrigam os clientes a usar luvas? Faria muito mais sentido usar luvas para tocar nos produtos do que usar máscara num ambiente onde o ar é todo reciclado e, no caso de estar infectado, de nada nos serve a protecção. Sinceramente, começo a pensar que tudo isto é paranoia a mais.
Recentemente, começaram a surgir cada vez mais incongruências nos números de infectados em vários países. É normal que ao tratar-se de uma orquestração de amplitude nunca antes vista, comecem a haver erros e indícios que deixam vir à tona o que realmente se está a passar. Nunca se consegue controlar tudo e todos!
Pessoalmente, não acredito nas teorias da conspiração de que foi a China, ou os Estados Unidos, ou o Bill Gates, ou uma outra qualquer das variadas teses que circulam na Internet. Ainda assim, acredito que houve erro grosseiro e encobrimento de informação logo no início do foco da infecção, mas também acredito que há hoje um grande aproveitamento por parte da indústria farmacêutica, ainda para mais quando a maioria dos Governos não souberam lidar com a situação, colocando travão aos interesses supranacionais que há muito querem controlar o mundo. Agora assistimos a um nível de pânico sem precedentes desde o tempo da Segunda Guerra Mundial. E todos sabemos que populações assustadas são muito mais fáceis de controlar…
Não quero comparar os números entre o Covid-19 e outras estirpes existentes. Este parece ser completamente diferente, o que não me convence por aí além pois todos os anos surgem diferentes estirpes da gripe, sendo que esta mata milhões de pessoas em todo o mundo. Ao que parece, o vírus (ou os vírus) que causam o Covid-19 são muito mais resistentes e de mais fácil mutação, o que dificulta o seu tratamento e consequente cura. Mas não seria muito mais positivo que se ensinassem e promovessem hábitos de higiene pessoal e pública? Do ainda pouco que se sabe, a principal forma de infecção parece ser por meio do contacto com as mãos em superfícies contaminadas, que acabam por fazer transitar o vírus de um local para outro. A transmissão por via aérea será muito menor, de acordo com alguns estudos.
No meu caso pessoal, já há muitos anos que não tenho o hábito de tocar na cara com as mãos, quando estou num local público; foi algo que aprendi e que agora subconscientemente o faço.
Em Portugal, o Governo vai adiando “sine die” a abertura da economia, o que irreversivelmente está a levar as empresas e todo o tecido produtivo para a ruína. Os efeitos já se começam a sentir e são apenas o prenúncio do que está para vir. Calcula-se uma contracção económica na ordem dos vinte por cento nos próximos dois anos.
Se Portugal foi intervencionado pela Troika num período em que a contracção da economia foi de sete por cento, imaginemos o que está reservado para o futuro.
Se o actual estado de coisas continuar, com o Governo a insistir em fazer prolongar medidas que se estão a revelar descabidas, temo que os próximos anos na Europa (e não apenas em Portugal) irão ser anos muito negros.
Esperamos que não venha a Pesta Negra… em termos económicos.
João Santos Gomes