D. JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA PRESIDIU À MISSA DOMINICAL DE 16 DE FEVEREIRO, NO VATICANO, DEVIDO A AUSÊNCIA DO PAPA FRANCISCO

D. JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA PRESIDIU À MISSA DOMINICAL DE 16 DE FEVEREIRO, NO VATICANO, DEVIDO A AUSÊNCIA DO PAPA FRANCISCO

«O mundo precisa de artistas proféticos, intelectuais corajosos e criadores de cultura» Papa Francisco

O cardeal português D. José Tolentino Mendonça apresentou, no Vaticano, o apelo do Papa a todos os artistas, para que se unam à Igreja numa “revolução” da beleza, em favor dos mais frágeis.

“Queridos artistas, vejo em vós guardiões da beleza que sabe inclinar-se sobre as feridas do mundo, que sabe escutar o grito dos pobres, dos sofredores, dos feridos, dos presos, dos perseguidos, dos refugiados. Vejo em vós guardiões das Bem-aventuranças”, refere a homilia que Francisco havia preparado para a celebração.

O texto foi lido por D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, na Basílica de São Pedro, que recebeu os participantes no Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura.

“Vivemos num tempo em que se erguem novos muros, em que as diferenças se tornam um pretexto para a divisão em vez de serem uma oportunidade de enriquecimento recíproco. Mas vós, homens e mulheres de cultura, sois chamados a construir pontes, a criar espaços de encontro e diálogo, a iluminar as mentes e a aquecer os corações”, indica.

O Papa, que se encontra internado desde a passada sexta-feira, no Hospital Gemelli, devido a uma infecção respiratória, sublinha na sua reflexão que Jesus promove uma “revolução da perspectiva”, com o seu ensinamento, que “proclama felizes os pobres, os aflitos, os mansos, os perseguidos”.

“A arte é chamada a participar nesta revolução. O mundo precisa de artistas proféticos, de intelectuais corajosos, de criadores de cultura”, assinala a homilia.

“Deixai-vos guiar pelo Evangelho das Bem-aventuranças e que a vossa arte seja anúncio de um mundo novo. Que a vossa poesia no-lo mostre! Nunca deixeis de procurar, interrogar, arriscar”, acrescenta a reflexão, que foi lida em Italiano por D. José Tolentino Mendonça.

O Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura decorreu entre 15 e 18 de Fevereiro, tendo reunido mais de dez mil participantes, de mais de cem nações dos cinco continentes, incluindo Portugal e vários países lusófonos.

O Ano Santo, 27.º Jubileu ordinário da História da Igreja, foi proclamado pelo Papa Francisco na Bula intitulada Spes non confundit (“A esperança não engana”) e teve início no dia 24 de Dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro.

O programa do Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura arrancou com a inauguração de um espaço de exposições, mais precisamente, uma galeria de rua (Window Gallery), na Via della Conciliazione, junto ao Vaticano, intitulada “Conciliazione 5”.

Os participantes atravessarem a Porta Santa e percorreram um itinerário espiritual e cultural, na Basílica de São Pedro.

Já na segunda-feira, o Dicastério para a Cultura e a Educação promoveu um encontro de representantes dos centros culturais católicos e dos organismos eclesiais dedicados à cultura.

Na terça-feira foi inaugurada, nos espaços do Dicastério, uma grande exposição sobre “trajetórias transnacionais da Poesia Visual”, comissariada por Raffaella Perna.

In ECCLESIA

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