AIS distinguida em Espanha
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) recebeu, na passada segunda-feira, o prémio “Bravo!”, na categoria Publicidade, concedido anualmente pela Comissão Episcopal para os Meios de Comunicação Social da Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
«O referido prémio reconhece a qualidade da campanha realizada entre Setembro e Novembro de 2015, de apoio ao trabalho pastoral da Igreja na China, onde cerca de doze milhões de católicos vivem a sua fé clandestinamente», refere um comunicado da fundação pontifícia enviado à agência ECCLESIA.
O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (Santa Sé), D. Claudio Maria Celli, presente na cerimónia, destacou os testemunhos de fé que a Igreja tem vindo a receber dos cristãos na China – que classificou como sendo «uma Igreja preciosíssima» – recordando a história de um bispo da Igreja “clandestina”.
«Lembro-me de um bispo chinês ordenado pela Igreja controlada pelo Partido Comunista, portanto ilegal, que pediu ao Papa para ser reconhecido. O Papa desejou fazê-lo e enviou-lhe a cruz peitoral e o anel. Então, ele decidiu chamar todos os seus sacerdotes e mostrou-lhes a sua cruz e pendurou-a ao pescoço e colocou o anel no dedo», relatou.
O prelado enfatizou o facto de o prémio “Bravo!” ser um reconhecimento especial para os milhares de voluntários e benfeitores da AIS em Espanha e em todo o mundo pelo trabalho solidário realizado em favor dos cristãos perseguidos.
O director do secretariado espanhol da Ajuda à Igreja que Sofre, Javier Menendez Ros, dedicou, por sua vez, o prémio à «Igreja perseguida em todo o mundo», acrescentando ser essa a missão da Fundação: «Denunciar a situação de perseguição e negligência sofrida por mais de 200 milhões de cristãos em todo o mundo».
A CEE destacou o facto de esta campanha da AIS se ter desenvolvido através das redes sociais, de forma «simples e eficaz», tendo servido para «aumentar a consciência sobre a forte perseguição dos cristãos chineses, incentivando também a oração pela Igreja na China e despertando na sociedade espanhola a generosidade que facilite o apoio material».