Não mais do que um divertimento
A Conferência Episcopal Francesa (CEF) divulgou na sua página online um conjunto de trabalhos sobre a festa de Todos os Santos, assinalada a 1 de Novembro, em contraponto ao Halloween.
“Enquanto o Halloween é uma festa do medo, com as crianças (e adultos) a divertirem-se a causar medo aos outros e a elas próprias, a evocação católica é uma festa de comunhão, comunhão com os santos, a 1 de Novembro, e com os fiéis defuntos, no dia seguinte”, refere um dos textos da CEF.
A nota, traduzida em Português pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, recorda que há mais de dois mil e 500 anos que os celtas celebram, a 31 de Outubro, “o seu novo ano, o fim das colheitas, a mudança de estação e a chegada do Inverno”.
De acordo com esta tradição, nessa noite os fantasmas dos mortos visitavam os vivos; a festa foi conservada no calendário irlandês após a cristianização do País e implantou-se mais tarde nos Estados Unidos.
“Para além das crenças primordiais das origens, o Halloween é um pretexto para fazer a festa e esquecer as longas noites outonais, muitas vezes chuvosas e tristes. Por seu lado, a solenidade de Todos os Santos é uma festa mais interior”, realça a CEF.
A Igreja Católica em França defende que é preciso dar um “novo fascínio” à solenidade de Todos os Santos e explicar às crianças que o Halloween “não é mais do que um divertimento”.
A CEF deixa algumas sugestões para a celebração, em família, do 1 de Novembro, como “rezar com os santos padroeiros ou com um santo particularmente querido” ou “escrever uma pequena carta sobre determinado santo e enviar a uma pessoa próxima que tenha o mesmo nome”.
CATÓLICOS E LUTERANOS DÃO AS MÃOS
O Vaticano e a Federação Luterana Mundial publicaram, na passada terça-feira, uma declaração conjunta, no dia em que terminou a “comemoração comum” dos 500 anos da reforma protestante, elogiando o clima de diálogo entre católicos e luteranos.
“Pela primeira vez, luteranos e católicos consideraram a Reforma desde uma perspectiva ecuménica, o que deu lugar a uma nova visão sobre os acontecimentos do século XVI que levaram à nossa separação”, assinalam os signatários.
O documento, publicado na Sala de Imprensa da Santa Sé, surge no dia em que completam cinco séculos sobre a afixação das 95 teses de Martinho Lutero, na Alemanha.
“Pedimos perdão pelos nossos fracassos, as formas com que os cristãos feriram o Corpo do Senhor e se ofenderam uns aos outros durante os 500 anos que decorreram desde o início da Reforma até hoje”, refere o texto.
In ECCLESIA