Patriarca de Constantinopla quer «agenda cristã comum»
O Patriarca Ecuménico de Constantinopla defendeu, no passado sábado, uma agenda cristã comum perante os desafios que o mundo enfrenta.
A posição foi assumida durante a conferência internacional que juntou cerca de quinhentos participantes da Fundação Centesimus Annus – pro Pontifice, que reflectiu sobre “novas políticas e formas de vida na era digital”.
De acordo com a Vatican News, Bartolomeu I referiu-se a problemas actuais em áreas tão distintas como a economia, ecologia, ciência e tecnologia, sociedade e política, defendendo uma «agenda comum entre as Igrejas para enfrentar os desafios contemporâneos».
O contributo das Igrejas Católica e Ortodoxa, indicou, continua a ser crucial, pois elas «conservaram valores elevados, precioso património espiritual e moral e profundo conhecimento antropológico».
O responsável assinalou uma «imensa crise de solidariedade» existente uma vez que são vários os problemas a afectar a «existência» e a «dignidade» da pessoa.
Dirigindo-se à Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice, Bartolomeu I agradeceu a promoção da Doutrina Social da Igreja Católica de acordo com os ensinamentos de São João Paulo II que preconizava «o que é verdadeiramente cristão é essencialmente social» e afirmou a importância de se enfrentar os problemas de hoje em conjunto.
«Precisamos uns dos outros, de uma agenda comum, uma mobilização comum, esforços conjuntos e objectivos comuns», assinalou.
Antes de participar no encontro da Fundação, Bartolomeu I foi recebido em audiência pelo Papa Francisco.
Santidade
O Papa Francisco afirmou, na última terça-feira, que o chamamento à santidade é «o chamamento a viver como cristão», em «liberdade».
«Sem liberdade não se pode ser santo. A liberdade é a condição para poder caminhar olhando a luz à frente. Não entrar nos esquemas da mundanidade», disse na eucaristia matinal na capela da Casa de Santa Marta.
Na sua homilia, o Papa realçou que Jesus chama à santidade todos os dias, para que todos possam avançar.
«Nos momentos de provação, temos sempre a tentação de olhar para trás, de olhar para os esquemas do mundo, para os padrões que tínhamos antes de iniciar o caminho da salvação; caminhar em frente, olhando para a luz que é a promessa, na esperança», desenvolveu.
A partir da liturgia do dia, Francisco alertou que quando se regressa «ao modo de viver» que se tinha «antes do encontro com Jesus Cristo ou aos padrões do mundo», perde-se a liberdade.
O Papa explicou que para ser santos é preciso «caminhar no que o Senhor diz sobre a santidade» e citou São Pedro: «Ponde toda a vossa esperança na graça que vos será oferecida na revelação de Jesus Cristo».
In ECCLESIA