Ásia

Papa atento aos católicos na China

O porta-voz do Vaticano referiu que o Papa acompanha com «particular atenção» a situação dos católicos na China, no dia em que foram atribuídas ao bispo auxiliar de Xangai declarações elogiosas em relação ao regime de Pequim.

«As vivências pessoas e eclesiais de D. Tadeu Ma Daqin, bem como as de todos os católicos chineses, são seguidas com particular atenção e solicitude pelo Santo Padre, que os tem presentes diariamente nas suas orações», declarou o padre Federico Lombardi, em resposta a questões colocadas por vários jornalistas ao longo do dia.

O comunicado oficial surge depois de agências de informação terem divulgado um texto alegadamente da autoria do bispo Ma Daqin com elogios ao “papel insubstituível” da Associação Patriótica Católica (APC) no desenvolvimento da Igreja na China.

A APC foi criada pela China em 1957 para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.

O Vaticano considera “ilegítimos” os bispos que receberam jurisdição da APC, sem autorização do Papa.

D. Tadeu Ma Daqin passou quatro anos em prisão domiciliária após ter abandonado a associação ligada ao regime de Pequim e foi proibido pelas autoridades chinesas de exercer o seu ministério como bispo.

O porta-voz do Vaticano adiantou que a Santa Sé não tem «informações directas» sobre as eventuais declarações do bispo auxiliar de Xangai e considerou que quaisquer «especulações» a este respeito são «descabidas».

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