Lembrar os cristãos perseguidos
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a promover, a nível internacional, a campanha “Let’s be One”, destinada aos participantes nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) que estão a decorrer em Cracóvia, na Polónia.
“A campanha tem como objectivo consciencializar estes jovens de que, em muitas partes do mundo, há milhões de cristãos que, por diversas razões, não podem viajar até à Polónia e não podem participar nas JMJ apesar de o desejarem fazer”, refere um comunicado de Imprensa da AIS enviado à Agência ECCLESIA.
Através de depoimentos pessoais, que deram origem a pequenos filmes de cerca de 1 minuto cada, a Fundação AIS pretende dar voz a “rostos concretos” de jovens que são testemunho, de alguma forma, do sofrimento dos cristãos.
“Trata-se de jovens católicos oriundos de países como Israel, Papua-Nova Guiné, Iraque, Cuba, Quénia e Polónia, e trazem uma mensagem comum: ‘Não podemos estar em Cracóvia por causa da guerra, da pobreza, da distância, ou do trabalho voluntário para os outros, mas estaremos unidos a todos em oração’”, assinala a fundação pontifícia. Os vídeos serão exibidos, em diferentes ocasiões, ao longo do programa da JMJ 2016.
Os jovens que se reuniram em Cracóvia vão também poder assistir a um musical, “Por causa do Meu Nome”, dedicado aos cristãos perseguidos.
«Hoje em dia está a ser passada aos jovens a informação de que a fé não é importante, que não está na moda», afirma o padre Waldemar Císlo, director da AIS na Polónia.
O musical foi composto por Piotr Rubik, um dos mais conhecidos compositores polacos da actualidade.
A participação AIS nas JMJ deste ano é visível no apoio dado a cerca de quarenta grupos de diferentes países do mundo para que possam viajar até Cracóvia.
«Em cada Jornada Mundial da Juventude apoiamos a participação de vários grupos de jovens de diferentes partes do mundo, em especial de países onde há perseguição ou onde os cristãos são uma minoria. Países como o Iraque, Turquemenistão, Sudão do Sul, Chade, Argélia, Síria, Haiti, Paquistão e Bangladesh são apenas alguns exemplos», esclarece Regina Lynch, responsável pelo Departamento de Projectos da AIS Internacional.