Encarnação do Senhor é “arma” contra o pecado.
O padre Andrzej Blazkiewicz disse a’O CLARIM que o significado da Páscoa, fruto da encarnação do Senhor e da ressurreição de Jesus Cristo, representa uma das armas mais eficazes de luta contra o pecado. Para tal, cada um de nós terá de levar a cabo um caminho de aturado trabalho com vista ao aperfeiçoamento espiritual.
«Posso dizer que hoje, com crescente convicção, participo no mistério da ressurreição. Sabemos que cada Domingo é a Páscoa semanal. O Domingo convida-nos a alimentar a comunhão. E quando há comunhão, exige-se por sua vez a constante conversão.
Isto é a vida cristã dinâmica no reconhecimento das suas fraquezas e limitações, na busca da palavra de Deus, que ilumina e orienta; na busca da presença de Deus, que me faz renascer e crescer», explicou o padre polaco, que está em Macau para servir a missão do Caminho Neocatecumenal.
De igual forma, referiu: «O que poderei fazer sozinho? Nada. Sem Cristo, nada. Somente em Cristo, no melhor dizer graças à encarnação do Senhor, desde o primeiro até ao último dia somos salvos da morte, porque ressuscitaremos».
Para o padre Andrzej, «é interessante e útil notar que o tentador, pai da mentira, faz tudo para conduzir e aquecer o processo de desintegração da pessoa humana, entre o corpo e o espírito, usando todos os recursos possíveis, e por onde encontra espaço, para convencer a pessoa humana que o grande problema é o nosso corpo, ou a outra pessoa que nunca muda».
«Em boa verdade» – acrescentou – «Cristo deu-nos o exemplo, através da sua vida como homem, muito mais para nos tirar ou conduzir desta realidade contagiada pela mentira e pelo pecado para que a vida seja vivida em plenitude. Isto é a Páscoa, no Senhor, Jesus Cristo».
Ao falar do período pascal na sua terra natal, o sacerdote lembrou a maior festa do ano. «Pensando na Páscoa, penso no cordeiro pascal com bandeira vermelha e cruz branca ou dourada. Esta é a minha recordação desde a minha infância. Na juventude, a Páscoa era marcada pela morte e ressurreição do Senhor», recordou, questionando ainda: «Mas qual é a resposta ao porquê de tudo isto?».
«Digo que para poder celebrar a Páscoa plenamente, e profundamente, precisava de procurar a conversão e a reconciliação», respondeu à própria pergunta, sublinhando que quando entrou no «ministério sacerdotal» deparou-se com uma realidade que o alumiou ainda mais, em relação ao significado do «instrumento de Deus», que passou a participar na vida das pessoas com pecado, da «profunda derrota das vítimas para o perdão, do acolhimento para a cura, da libertação e da vida em graça e plenitude».
PEDRO DANIEL OLIVEIRA
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