A caminho da América Latina

Francisco deseja «bem-estar» a todos os portugueses

O Papa Francisco enviou um telegrama ao Presidente da República, quando sobrevoava Portugal a caminho da América Latina, desejando a todos os portugueses «harmonia e bem-estar».

«Ao sobrevoar Portugal numa visita pastoral que me leva ao Equador, Bolívia e Paraguai, tenho o prazer de saudar Vossa Excelência. Formulação cordiais votos para sua pessoa e inteira Nação sobre a qual invoco benevolência divina para que seja consolidada nela esperança e alegria de viver na harmonia e bem-estar de todos seus filhos», lê-se no telegrama do Papa a Cavaco Silva, divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Francisco iniciou no passado Domingo a nona viagem apostólica internacional, para visitar o Equador, a Bolívia e o Paraguai. A viagem “maratona” do Papa, que decorre até 13 de Julho, leva o antigo cardeal de Buenos Aires, na Argentina, ao encontro de milhões de latino-americanos.

Francisco visita, entre outros lugares, uma prisão de menores e um hospital, naquela que é a sua segunda visita à América Latina, com 22 discursos programados.

No total, o Papa vai percorrer 24 mil 730 quilómetros (equivalente a mais de meia volta ao mundo) em sete voos que totalizam cerca de 33 horas.

 

Obra de Deus

O Papa Francisco agradeceu a Deus à chegada ao Equador, a primeira escala na visita pela América Latina.

«Agradeço a Deus por me ter permitido voltar à América Latina e estar aqui hoje, convosco, nesta linda terra do Equador», disse o Papa argentino na cerimónia de boas-vindas, no aeroporto de Quito.

«Sinto alegria, gratidão, ao ver as calorosas boas-vindas que me dão. É mais uma prova do carácter acolher que tão bem define as pessoas desta nobre nação», declarou o Sumo Pontífice, que foi recebido pelo Presidente equatoriano, Rafael Correa.

No seu primeiro discurso, o Papa lembrou que a América Latina é uma região onde a fé do povo já deu muitos e bons frutos. Francisco acredita que será essa mesma fé a chave para ultrapassar os problemas sociais que subsistem na região.

«Podemos encontrar no Evangelho as chaves que nos permitem enfrentar os desafios actuais, avaliando as diferenças, fomentando o diálogo e a participação sem exclusões, para que as realizações, o progresso e o desenvolvimento que se têm conseguido se consolidem e possam garantir um futuro melhor para todos, pondo uma especial atenção nos nossos irmãos mais frágeis e nas minorias mais vulneráveis, que são a dívida que toda a América Latina tem», disse o Papa.

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