13 de Novembro: Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade

As Aparições de Fátima e o Milagre do Sol

No ano de 1917, Nossa Senhora dignou-se aparecer a três humildes pastorinhos na Cova da Iria.

A primeira Aparição deu-se no dia 13 de Maio e Nossa Senhora pediu aos Pastorinhos que, no dia 13, durante 6 meses, voltassem à Cova da Iria.

Assim sucedeu, com excepção do mês de Agosto – 4ª Aparição – porque os Pastorinhos foram raptados e encarcerados pelo Administrador do Concelho, ciente que, como era ateu, acabava com o que ele considerava «uma palhaçada».

No dia 13 de Agosto, o povo compareceu no lugar do costume, mas Nossa Senhora não apareceu – só deu leves sinais sobrenaturais. A Aparição veio a realizar-se a 19 desse mês.

Em todas as Aparições Lúcia perguntava à Senhora, quem era e como se chamava.

A Senhora disse-lhe de uma das vezes: em Outubro, digo quem sou, o que quero e farei um grande milagre para todos acreditarem.

Conta a Lúcia: “No dia 13 de Outubro saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva torrencial. Minha Mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me.

Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia aquela gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova da Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o Terço.

Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.

– Que é que vossemecê me quer?

– Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para as suas casas.

– Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.

– Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados. E tomando um aspecto mais triste:

– Não ofendam mais a Nosso Senhor que já está muito ofendido. E abrindo as mãos, fê-las reflectir no Sol. E enquanto se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projectar-se no Sol.

Eis, Exº e Rvº Senhor Bispo, o motivo pelo qual exclamei que olhassem para o Sol. O meu fim não era chamar para aí a atenção do povo, pois nem sequer me dava conta da sua presença. Fi-lo apenas levada por um movimento interior que a isso me impeliu.

Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do Sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam em forma de cruz. Pouco depois desvanecida a Aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José. Desvaneceu-se esta Aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma de semelhante a Nossa Senhora do Carmo”.

Quando a Senhora se despede, Lúcia gritou para a multidão: «– Olhem para o Sol». O Sol pára por instantes, e começa a rodopiar parecendo quer despenhar-se sobre a multidão. Então aqueles milhares de pessoas gritam: Milagre! Milagre! Todos repararam em algo mais: as roupas encharcadas, ficaram secas.

Mas Nossa Senhora não veio à Cova da Iria para dar espectáculo, mas para pedir a conversão dos pecadores e recitação diária do Terço.

Maria Fernanda Barroca

Professora

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