“Silêncio” em exibição no Cineteatro

Macau como porta para o mundo

“Silêncio”, o filme de Martin Scorsese que retrata o trabalho missionário de Sebastião Rodrigues e Francisco Garupe, dois padres jesuítas no Japão durante o século XVII, é visto pelo superior da Companhia de Jesus em Macau, padre Beda Liu, como um «convite à amizade entre seres humanos» e à «oração pela fé católica».

«É também importante porque nos leva ao trabalho missionário e à nossa relação com este Deus misterioso, que nos ama e está para além da compreensão humana», disse na passada quarta-feira a’O CLARIM, à margem da apresentação do filme, que levou três jesuítas a partilharem as suas impressões sobre a película no Cineteatro de Macau, antes da respectiva exibição para professores de religião e catequistas.

O director do Instituto Ricci de Macau, padre Stephan Rothlin, ficou «bastante satisfeito» pela realização deste «filme de grande qualidade, que tem início em Macau, onde aparece o jesuíta Alessandro Valignano, fundador do Colégio de São Paulo», a primeira universidade de modelo ocidental no Extremo Oriente.

A longa-metragem foi também elogiada pelo jesuíta Gregory Koay, outro convidado para a apresentação: «“Silêncio” é o silêncio de Deus. Até mesmo presumindo que a fé não existe, pela forma como analiso [o filme], na qualidade de padre, Deus sofre com o povo japonês. Deus está presente entre eles». A apresentação contou ainda com a participação do padre Dominique Tyl.

P.D.O.

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