Faleceu o Padre António dos Santos Rosa
Um exemplo de humanidade e liderança. É assim que António dos Santos Rosa é recordado por antigos alunos e professores do Colégio D. Bosco, instituição que dirigiu nas últimas décadas do Século XX. O sacerdote salesiano faleceu na passada sexta-feira, aos 94 anos de idade.
Um homem extraordinário, cheio de qualidades humanas e profissionais, e com uma incrível capacidade de trabalho. É desta forma que o padre António Santos Rosa, SDB, falecido na passada sexta-feira, em Portugal, é recordado por antigos alunos e professores do Colégio D. Bosco, instituição da qual foi director nas décadas de 80 e 90.
Natural da localidade de Casa Velha, a pouco mais de dois quilómetros da Cova da Iria, o sacerdote salesiano faleceu aos 94 anos de idade, depois de ter deixado obra feita como pedagogo e director escolar em localidades tão distintas como Estoril, Funchal, Macau e Porto. No território, assumiu o estatuto de timoneiro do Colégio D. Bosco nos incertos anos que antecederam a transferência de administração entre Portugal e a República Popular da China, durante uma fase tida como essencial para a consolidação do projecto educativo da Congregação Salesiana. Foi durante o seu mandato como director que o Centro Desportivo do Colégio D. Bosco foi inaugurado, dotando as instalações escolares de uma piscina de água quente, de dois ginásios e do campo de futebol de relva sintética que acolhe o popular campeonato da Bolinha.
Depois de anunciado o desaparecimento físico do padre Rosa, multiplicaram-se os tributos e as homenagens a Oriente e a Ocidente. O Governo Regional da Madeira, onde criou o Juventude Atlântico Clube em meados da década de 60, manifestou “o mais profundo pesar pelo falecimento do padre António dos Santos Rosa”.
Em Macau, foram várias as vozes que se manifestaram para recordar a memória de “um homem bom, com um grande coração”. Fátima Oliveira, professora de Matemática que trabalhou no Colégio D. Bosco entre 1987 e 1992, sempre com o padre Rosa como director, recorda a generosidade e a grande capacidade de trabalho que este sempre lhe inspirou: «Fui uma das pessoas que teve o privilégio de com ele se cruzar. Fui professora no D. Bosco durante cinco anos, três dos quais como coordenadora de ciclo. Alegria, generosidade, espontaneidade, capacidade de trabalho, de adaptação e de improvisação, são mesmo atributos que bem o caracterizam».
António dos Santos Rosa foi ordenado presbítero em 1956, depois de ter terminado os estudos filosóficos no Estoril e ter completado a formação teológica em Espanha e França. Para além do exercício da vida sacerdotal, o padre Rosa exerceu várias actividades no campo educativo, próprio do ofício missionário salesiano: director da comunidade salesiana, professor, director escolar, animador desportivo, coordenador da pastoral.
Foi sepultado na passada segunda-feira, no Cemitério Paroquial de Fátima.
Marco Carvalho