Bazar da Caridade

RECEITAS DEVERÃO FICAR AQUÉM DOS VALORES REGISTADOS EM 2023

Bazar da Caridade terá rendido seis milhões de patacas

Cerca de quarenta mil pessoas participaram, no passado fim-de-semana, na 55.ª edição do Bazar de Caridade da Cáritas. A iniciativa, que se realizou no Centro Náutico da Praia Grande, terá rendido cerca de seis milhões de patacas à organização de matriz católica. O dinheiro vai ser canalizado para financiar serviços não subsidiados pelo Governo.

A estimativa foi avançada a’O CLARIM pelo secretário-geral da Cáritas em Macau, Paul Pun. O dirigente considera que a totalidade dos donativos recebidos deverão ficar aquém dos 6,8 milhões de patacas obtidos em 2023. «Ainda não temos os números definitivos. Normalmente, as escolas entregam-nos os donativos imediatamente, mas as outras entidades participantes só ao fim de algum tempo é que nos fazem chegar o seu contributo», explicou Paul Pun, acrescentando a razão por detrás da eventual quebra de receita: «No ano passado conseguimos angariar 6,8 milhões de patacas, mas desta vez o valor não deverá ser tão elevado. O panorama económico de Macau ainda não está tão robusto como costumava ser».

No entanto, a explicação prende-se também com a diminuição do número de visitantes. Durante os dois dias do certame, os responsáveis da Cáritas local contabilizaram cerca de quarenta mil entradas no recinto do Centro Náutico da Praia Grande – valor substancialmente mais baixo do que o registado há um ano, quando o Bazar acolheu cerca de cinquenta mil pessoas. «Como tivemos um fim-de-semana prolongado, muitas famílias saíram de Macau. São circunstâncias como estas que talvez expliquem a menor adesão ao Bazar», reconheceu Paul Pun.

Para além do contributo dado pelas escolas, empresas e entidades públicas que se associaram ao evento – e que montaram mais de noventa bancas de comida e de jogos – a Cáritas angariou cerca de um milhão e 500 mil patacas, com a venda de rifas para uma lotaria que sorteou, na última terça-feira, mais de duas centenas de prémios.

Apesar de tudo, os valores acumulados com a realização da 55.ª edição do Bazar de Caridade constitui um balão de oxigénio para a Cáritas. A exemplo do que tem sido a regra noutros anos, o dinheiro vai ajudar a financiar os serviços prestados pela organização, que não são subsidiados pelo Instituto de Acção Social. «A Cáritas disponibiliza vários serviços que não são financiados pelo Governo e este dinheiro é essencial para que os possamos continuar a oferecer. Os serviços de apoio domiciliário e de transportes assegurados pela Cáritas não são inteiramente financiados pelo Governo. O mesmo acontece com a nossa clínica médica e com a cantina que operamos. É para estes projectos que este montante será canalizado», referiu o secretário-geral.

Marco Carvalho

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