D. Stephen Lee garante trabalho de equipa.
A revitalização do Centro Católico de Macau vai «definitivamente» ganhar forma, devendo o projecto ser apresentado até ao final do corrente ano, avançou a’O CLARIM D. Stephen Lee, bispo de Macau.
«Já há uma equipa a trabalhar no planeamento, que ainda está numa fase inicial. Vamos definitivamente fazer algo. Espero que possamos apresentar o projecto da Diocese até ao final do ano», garantiu D. Stephen Lee, acrescentando que irá «contribuir o melhor que for possível» com os seus conhecimentos de arquitectura, embora assumindo que «será tudo feito por uma equipa de profissionais», entre «arquitectos e decoradores de interiores».
«Trabalho em equipa. É este o meu estilo. Irei aconselhar sempre que necessário. Sou novo [em Macau], e como são pessoas do território que fazem parte da equipa terei que as ouvir», vincou.
«Ao nível da Diocese, somos uma equipa responsável pelo planeamento do projecto que abrange sete áreas, incluindo padres, arquitectos e engenheiros. Quando estiver finalizado, iremos contratar uma equipa profissional para levar a cabo o projecto», descreveu, adiantando que «será aberto concurso público» para o efeito.
O Centro Católico vai ganhar uma nova dinâmica, após estar há vários anos encerrado. Em 1990 o primeiro bispo chinês de Macau, D. Domingos Lam, chegou a aventar a hipótese da venda do edifício de quatro andares pela melhor oferta. Desde então outras alternativas foram estudadas, tais como a abertura de um “hostel” para viajantes e jovens, à semelhança dos que existem em Hong Kong a cargo da Caritas e da YMCA.
Em Abril de 2015, D. José Lai, então bispo de Macau, disse a’O CLARIM que havia sido criado um grupo de trabalho, liderado pelo vigário-geral, Peter Chung, com o objectivo de proceder à reabilitação do Centro Católico.
O novo espaço estaria aberto a pessoas de todos os credos e religiões, independentemente da sua raça ou proveniência, tendo a arte como ponto fulcral para chegar a Deus. A intenção ficou entretanto em “banho-maria”.
Alunos do continente
«Uma grande injustiça. Estou muito triste», foi assim que D. Stephen Lee classificou a recusa do Ministério da Educação da República Popular da China em não autorizar formalmente o pedido da Universidade de São José para receber alunos do continente chinês.
«É permitido a todas as outras universidades terem alunos da China, mas a USJ é única que não foi aceite em Macau. Será que é por ser uma universidade católica?», questionou D. Stephen Lee, em declarações a’O CLARIM.
PEDRO DANIEL OLIVEIRA
pedrodanielhk@hotmail.com