Jesuítas inauguram novo espaço de apoio a leigos
A Companhia de Jesus em Macau vai celebrar a Festa Litúrgica de São Francisco Xavier, a 2 de Dezembro, com Missa na igreja do Seminário de São José, presidida pelo bispo D. Stephen Lee. Logo após a Eucaristia, o superior da Província Chinesa da Companhia de Jesus, padre Stephen Tong, SJ, irá abençoar um novo espaço, dedicado ao acompanhamento espiritual dos leigos, na residência dos Jesuítas, paredes-meias com a igreja de Santo Agostinho.
A informação foi avançada a’O CLARIM superior da missão jesuíta em Macau, padre Fernando Azpiroz, SJ. O sacerdote espera que o novo espaço, baptizado “Sala Xavier”, possa ajudar os católicos locais a cultivar e a aprofundar a sua fé. «A 2 de Dezembro, às 10:00 horas da manhã, vamos ter celebração eucarística na igreja do Seminário de São José. Será presidida pelo bispo Stephen Lee, que nesse dia será acompanhado pelo nosso provincial, o padre Stephen Tong», adiantou, acrescentando: «Depois da Missa, às 11:45 [horas], deslocamo-nos à Residência Jesuíta de Nossa Senhora de Fátima para abençoar a recém-criada “Sala Xavier”. Esperamos que este espaço possa ajudar os leigos de Macau a aprender de que forma podem oferecer formação espiritual e acompanhamento a outros leigos, ajudando-os a crescer na fé e aprofundar a dimensão espiritual das suas vidas».
O novo espaço foi idealizado com o propósito de abrir as portas da Residência Jesuíta à comunidade e de proporcionar condições logísticas e pastorais para a realização de retiros, condução de exercícios espirituais na vida quotidiana e para a formação na fé de jovens e adultos. Pretende-se ainda mobilizar professores, estudantes, trabalhadores migrantes, casais jovens e profissionais de diversos sectores para que possam assumir o papel de agentes de evangelização e, se necessário for, ensinar outros católicos a rezar e a assumir um modo de agir em consonância com os valores cristãos.
A escolha de São Francisco Xavier como patrono do novo espaço, explicou o padre Azpiroz, ganha particular relevância se for tido em conta o papel pioneiro que o chamado “Apóstolo do Oriente” desempenhou na afirmação do Catolicismo na Índia e no Japão. A ligação à China, referiu o sacerdote, é mais ténue, mas São Francisco Xavier abriu as portas a missionários de craveira, como Alessandro Valignano e Matteo Ricci. «São Francisco Xavier é um santo muito popular em várias partes do mundo, mas na China essa popularidade não é tão visível quanto isso. Uma razão histórica para tal pode prender-se com o facto de que, durante os dez anos que passou no Sudeste Asiático e na Ásia Oriental, Francisco Xavier passou algum desse tempo a impulsionar muitas das primeiras comunidades cristãs em diferentes partes da Ásia onde os portugueses tinham uma presença mais permanente, como na Índia, Malaca, Cochim e no Japão», recordou o padre Azpiroz.
A terminar, o missionário lembrou que o Instituto Ricci de Macau vai organizar um fórum sobre o padre Yves Raguin, SJ, e o diálogo inter-religioso, a 11 de Dezembro, às 18 horas e 30. «Durante o resto do mês de Dezembro, vamos acompanhar diferentes comunidades na época do Advento e na quadra de Natal», concluiu.
Marco Carvalho
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