Silveira Machado

LIVRARIA PORTUGUESA ACOLHE SESSÃO EVOCATIVA A 24 DE MAIO

José Silveira Machado recordado pelo Instituto Internacional de Macau

O Instituto Internacional de Macau (IIM) vai homenagear a memória de José Silveira Machado com duas sessões evocativas, uma a realizar já este mês no território e outra em Outubro próximo, na capital portuguesa, confirmou fonte do organismo presidido por Jorge Rangel.

Nascido em 1918, nos Açores, Silveira Machado viveu em Macau grande parte da sua vida. No território desempenhou as funções de professor, jornalista e animador cultural, perfilando-se entre o grupo de fundadores d’O CLARIM.

Em Janeiro de 2018, ano em que se assinalou o centenário do nascimento do “macaense dos Açores”, Jorge Rangel deixou no ar, num artigo publicado no jornal Tribuna de Macau, a possibilidade do IIM poder vir a homenagear Silveira Machado, expediente que agora cumpre, numa sessão evocativa agendada para 24 de Maio, nas instalações da Livraria Portuguesa.

Na iniciativa, e para além do presidente do Instituto Internacional de Macau, participam ainda José Basto da Silva, dirigente da Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial “Pedro Nolasco”, e António Aresta. O investigador, que já escreveu sobre o homenageado no primeiro volume do livro “Figuradas de Jade” (publicado em 2014 pelo IIM), é visto por Jorge Rangel, num outro artigo de opinião entretanto publicado, como a “personalidade indicada para lembrar a vida e a obra de José Silveira Machado”.

No mesmo artigo, o presidente do Instituto Internacional de Macau defende que devem ser “conjugados os esforços necessários” para que se republiquem algumas das mais importantes obras de Silveira Machado, nomeadamente “Macau na memória do tempo”, livro publicado pelo próprio autor em 2002.

Autor de volumes como “A Educação Portuguesa no Extremo Oriente” e “Macau: Uma História Cultural”, António Aresta deverá ser também o principal orador da sessão evocativa que vai decorrer em Lisboa. A iniciativa está agendada para Outubro, mês em que José Silveira Machado comemoraria o seu 101º aniversário, e deverá ter lugar nas instalações da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Açoriano de nascimento, mas macaense de alma e coração, “O Professor” – como ainda hoje é conhecido por entre os antigos alunos da Escola Comercial “Pedro Nolasco” – viveu em Macau durante quase setenta anos, depois de ter aportado pela primeira vez ao território em 1933, com apenas quinze anos de idade. Exemplo de cidadania, Silveira Machado deixou obras em domínios tão distintos como a educação, o jornalismo e o associativismo desportivo. Os afectos que semeou junto dos antigos alunos e dos que com ele privaram com maior proximidade continuam a florescer em assombrosas manifestações de respeito, como salientou Miguel de Senna Fernandes a este jornal em Outubro último. «Era um de nós», assinalou o presidente da Associação dos Macaenses.

Marco Carvalho

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