Mês de Portugal funde porcelana com caligrafia
O Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman acolhe de 16 até 27 de Junho, a exposição “Diálogos”, mostra que integra a programação da iniciativa “Junho, Mês de Portugal na RAEM” e que junta peças de porcelana pintadas à mão e obras de caligrafia chinesa. O certame contempla uma faceta solidária, com algumas das peças a serem posteriormente leiloadas.
Organizada pelo Centro de Cultura Cardeal Newman e pela Casa de Portugal em Macau, com o contributo do mestre de caligrafia Choi Chun Heng, a exposição junta peças de porcelana pintadas à mão, usando técnicas e motivos portugueses, com caligrafia chinesa. O certame, que reúne cerca de trinta artefactos, pauta a primeira colaboração entre o Centro de Cultura Cardeal Newman e uma entidade de matriz portuguesa, oferecendo uma perspectiva diferente sobre duas formas de artes aparentemente inconciliáveis. «A nossa próxima exposição está intimamente ligada com as celebrações do Dia de Portugal. A cerimónia de abertura será organizada às 15:00 horas de sábado e a exposição abre ao público logo depois», explicou a’O CLARIMfonte do Centro de Cultura. «Trabalhámos de muito perto com a Casa de Portugal para organizar esta exposição, que apresenta obras de caligrafia e peças de porcelana pintadas à mão. Desta vez, serão cerca de trinta as peças em exposição, da autoria quer de artistas chineses locais, quer de artistas portugueses. Já no que toca aos trabalhos de caligrafia, voltamos a trabalhar com o mestre Choi Chun Heng. O seu trabalho artístico vai ser apresentado não apenas nos tradicionais rolos, mas também em peças de porcelana. Vamos oferecer uma colisão verdadeiramente entusiasmante entre as culturas do Oriente e do Ocidente», acrescentou.
Para além de obras da autoria de Choi Chun Heng, a exposição exibe ainda trabalhos artísticos de mais de uma dezena de criativos de Portugal e de Macau. Entre os artistas representados na mostra estão ceramistas e pintores como Rui Calado, Ana Mascarenhas, Helen Pun, Josefina Bañares e Sally Wong. A exposição contempla também uma faceta solidária, com algumas das peças a serem posteriormente leiloadas.
Para o Centro de Cultura Cardeal Newman, a exposição é uma oportunidade para se dar a conhecer junto da comunidade lusófona que vive e trabalha em Macau. Os responsáveis pelo organismo mantêm a porta aberta a novas parcerias com entidades de matriz portuguesa. «Tendo Macau sido influenciada pela cultura portuguesa durante séculos, consideramos que também é nossa responsabilidade ajudar a promover e a preservar esta característica única que Macau tem para oferecer. Estamos, por isso, abertos a qualquer possibilidade que possa surgir de trabalhar com a comunidade de língua portuguesa. A arte é a nossa linguagem comum. De toda e qualquer forma, este é apenas o nosso primeiro passo no sentido de abrir as nossas portas às comunidades portuguesa e macaense. Queremos que todos saibam que o Centro de Cultura é um local onde impera o respeito, o amor e a confiança mútua», rematou a mesma fonte.
M.C.