China menos permissiva.
A repressão e coerção contra organizações e pessoas na China envolvidos na defesa dos direitos civis, políticos e das minorias étnicas «aumentou consideravelmente» em 2015, segundo o relatório do Departamento de Estado norte-americano sobre Direitos Humanos divulgado ontem.
O documento aponta que «a repressão na comunidade jurídica foi particularmente grave, com advogados individuais e escritórios de advocacia que tratam destes casos, considerados sensíveis pelo Governo, a serem alvo de assédio e detenção».
O relatório refere que «centenas de advogados e profissionais ligados à advocacia foram interrogados, investigados e, em muitos casos, detidos em segredo durante meses sem acusação ou acesso a advogados ou familiares».
Segundo o Departamento de Estado norte-americano, «indivíduos e grupos considerados sensíveis pelas autoridades enfrentaram apertadas restrições à liberdade de se reunirem, professar a religião e viajar».
«As autoridades recorreram a medidas extralegais, como desaparecimento forçado e prisão domiciliar estrita, incluindo a prisão domiciliar dos respectivos familiares, para evitar a expressão pública de opiniões críticas», acrescenta.
O relatório também aponta que apesar de a lei garantir a liberdade de expressão e de imprensa, «as autoridades geralmente não respeitam estes direitos».