Cultivar a semente das vocações
A 16 de Dezembro, a missão das Filhas de São Paulo recebe a visita de cerca de uma dezena de jovens, com objectivo de lhes transmitir um conhecimento mais profundo sobre os desafios da vida religiosa. A iniciativa é promovida pela Comissão Diocesana da Juventude, em parceria com a Comissão Diocesana para as Vocações.
O propósito é simples: eliminar eventuais equívocos que possam persistir em relação à opção pela vida religiosa e desmistificar aspectos como o celibato e a vida consagrada, a vivência quotidiana da fé ou a visão cristã da morte. A Comissão Diocesana da Juventude e a Comissão Diocesana para as Vocações deram as mãos e estão a promover visitas mensais a diferentes congregações missionárias. A última decorreu a 18 de Novembro e teve como anfitriões os missionários da Congregação do Verbo Divino, disse a’O CLARIM a vice-directora da Comissão Diocesana da Juventude, Tammy Chio. «No mês passado fomos recebidos pelos missionários do Verbo Divino. A nossa Comissão sugeriu que fossem feitas visitas todos os meses a diferentes congregações, com o objectivo de fomentar a cultura vocacional junto dos mais novos», explicou a responsável, acrescentando: «Todos os meses visitamos uma congregação diferente, masculina ou feminina. Procuramos oferecer aos jovens a oportunidade de ficarem a conhecer um pouco mais sobre o dia-a-dia e a vivência quotidiana de diferentes grupos religiosos».
No final de Abril, o bispo D. Stephen Lee proclamou o arranque do Ano Diocesano das Vocações. Na ocasião, o prelado exortou sacerdotes, irmãs religiosas, leigos e líderes comunitários a trabalharem em conjunto, para encorajar jovens, casais, e de um modo geral os católicos, “a responderem generosamente ao apelo de Deus”. Até 8 de Dezembro de 2024, dia da Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, as paróquias e diferentes instituições diocesanas vão promover várias actividades com o propósito de promover a cultura vocacional junto da comunidade, das escolas e das famílias do território.
Nas visitas mensais efectuadas até ao momento têm participado cerca de dez jovens. Este número resulta de uma escolha consciente: «Chegámos à conclusão que trabalhar com um pequeno número talvez seja melhor. Estamos a tentar fazer com que os mais jovens compreendam que não há nada de secreto ou de misterioso sobre a vida religiosa. Acho que por vezes os jovens têm tendência para pensar que a vida religiosa está envolta em secretismo e que as congregações são como sociedade secretas». Antes pelo contrário – constatou Tammy Chio –, «as congregações são muito abertas e gostávamos de convidar os jovens para ir ao encontro destes diferentes grupos religiosos, partilhar uma refeição com eles, passar algum tempo no local onde residem e aprender sobre a forma como vivem o quotidiano. É uma boa forma de fazer com que compreendam como é a vida de um padre ou de uma irmã».
Em Dezembro é a vez das irmãs do Instituto das Filhas de São Paulo abrirem as portas da sua Casa. A visita está agendada para 16 de Dezembro, revelou a’O CLARIM o director da Comissão Diocesana da Juventude, Bosco Chan.
Marco Carvalho