Ao serviço da comunidade
O novo campus do Colégio Diocesano de São José, em Toi San, estará ao serviço da escola e da comunidade. Irá permitir que os jovens deixem os McDonald’s, locais privilegiados de estudo, e também encontrem um espaço para dar asas à criatividade e para a prática desportiva.
O Colégio Diocesano de São José, situado na Rua Central de Toi San, vai entrar numa nova fase. Será demolido o Bloco D (compreende a área de recreio) para dar origem a um novo campus de dez andares, com cota altimétrica de cinquenta metros, que albergará cerca de trinta salas de aulas, um ginásio multifacetado e uma biblioteca, entre outras funcionalidades.«[O novo edifício] não estará apenas ao serviço da escola, mas também da comunidade a residir entre o Toi San e a Ilha Verde, porque os jovens desta área têm falta de espaços para as suas actividades», disse a’O CLARIM o director do Colégio, Anthony Koc.
«Não posso dizer que vamos criar novos talentos, mas pelo menos acredito que fora do sistema de ensino tradicional [os alunos] poderão encontrar outros papéis e outras capacidades», explicou.
«Nos cinco andares inferiores ficarão as salas de aulas, enquanto os andares superiores acomodarão a biblioteca, a sala de artes e outra de música, que vão estar abertas à comunidade», descreveu o mesmo responsável, adiantando que «o ginásio estará essencialmente destinado para a prática de basquetebol e voleibol», podendo ainda ser adaptado para a realização de eventos extra-desportivos.
«Actualmente, os jovens não têm locais para estudar e vão para os McDonald’s. Há também falta de campos, por exemplo, para jogar basquetebol. Julgo que o novo edifício irá ajudá-los no futuro», vincou.
«O projecto terá o apoio do Governo da RAEM», conforme «transmitiu o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, numa recente visita às instalações do Colégio», salientou Anthony Koc. «É também parte de um plano da Diocese de Macau, porque há um acordo mútuo entre o campus da Universidade [de São José] e a futura Escola Secundária [integradas ambas na ilha Verde] para partilhar e servir a comunidade», referiu ainda.
A demolição do Bloco D do Colégio Diocesano de São José está prevista acontecer no Verão do próximo ano, devendo a obra estar concluída passados dois ou três anos. O orçamento, embora sem estar ainda definido, rondará no mínimo os 200 milhões de patacas.
O espaço em questão situa-se entre os actuais blocos E, da secção inglesa, e B, que alberga a secção chinesa e algumas salas de aula do Ensino Primário e do Jardim de Infância. Após a entrada em funcionamento do novo edifício o número de alunos poderá subir de dois mil e 200 para os três mil, enquanto as salas de aulas serão cerca de 100, contra as actuais 70.
PEDRO DANIEL OLIVEIRA