Bispos Asiáticos querem criar plataforma digital

Igreja acompanha novas tendências

A resolução final da 19ª reunião dos bispos e secretários nacionais dos gabinetes de comunicação, evento promovido pela Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FCEA), que decorreu na passada semana no Centro Diocesano das Convenções, em Coloane, aponta para a necessidade da Igreja acompanhar as novas tendências tecnológicas para uma melhor evangelização.

«Recomendamos a criação de uma plataforma digital exclusiva, ou um sistema de comunicação que promova o programa de informação e as actividades entre os países da FCEA, com vista à partilha dos recursos de comunicação, dos peritos e da informação sobre as actividades correntes», refere o documento a que O CLARIM teve acesso. De igual modo, é sugerido «o uso da melhor tecnologia em código aberto ou plataformas de fácil uso comercial para a partilha de multimédia simples».

Entre outras recomendações está o «empenho em aumentar o ministério da comunicação com o Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, para que as iniciativas e esforços sejam partilhados globalmente», podendo ser feito «em colaboração com o directório católico online do Conselho (www.intermirifica.net) como fonte credível para contactos detalhados de todos os gabinetes e actividades».

Quanto a orientações, é sublinhada «a importância e o lugar indispensável da comunicação social na nova evangelização». Nesse sentido é enfatizada «a importância da pessoa do comunicador cristão como alguém profundamente enraizado em Cristo e imbuído na paixão para a proclamação da Boa Nova».

«A Comunicação Cristã deve ser significativa e relevante nos diferentes contextos culturais da Ásia. Os comunicadores cristãos não devem ficar excessivamente condicionados pela sua própria cultura», indica o documento.

«Os comunicadores cristãos devem esforçar-se por se tornarem agentes da reconciliação e da paz, em pessoas que constroem pontes através do diálogo e da promoção do entendimento. Devem procurar formas de curar feridas, incluindo as históricas, e lutar contra a falsidade e evitar o prejuízo», é ainda acentuado.

«Reconhecemos e afirmamos a importância do povo asiático ligado à religião, aos símbolos religiosos e aos valores. Afirmamos a necessidade de os respeitar», bem como «a importância dos media tradicionais nos nossos planos e estratégias de comunicação».

A terminar, a resolução adianta que «as rápidas transformações tecnológicas e a expansão com impacto na comunicação social na Ásia pedem uma estratégia renovada e uma abordagem por parte dos comunicadores cristãos».

PEDRO DANIEL OLIVEIRA

pedrodanielhk@hotmail.com

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