Arraial de São João em São Lázaro

Festa pode voltar ao adro da igreja.

O 10º Arraial de São João, a decorrer nos dias 25 e 26 de Junho, poderá ocupar o adro da igreja de São Lázaro, desde que algumas condições sejam respeitadas pela organização, a cargo de várias associações de matriz portuguesa.

A garantia foi ontem dada a’O CLARIM pelo padre João Lau, embora ainda não tivesse sido contactado formalmente pela entidade organizadora. «Ainda não fui. Mas [a autorização] depende das condições que apresentarem.

Poderão utilizar o adro [para montar um palco], desde que as actividades da paróquia não sejam interrompidas», explicou o pároco de São Lázaro.

A importância do adro foi ontem realçada, em conferência de Imprensa, por Miguel de Senna Fernandes e Maria Amélia António, como parte indispensável para a consolidação da festividade, que em Macau comemora a milagrosa vitória dos portugueses, ocorrida a 24 de Junho de 1622, aquando da invasão holandesa.

«Vamos ver se este ano conseguimos ter o tão ambicionado adro da igreja para alargarmos um pouco mais as actuações. Há também que compreender as sensibilidades que estão em causa…. Apesar de tudo, a festa tem de crescer. Vamos ver como vai ser este ano para haver mais participação no próximo ano», sublinhou Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses.

Quanto à «expectativa de termos o palco no adro… Isto já aconteceu! Não é novidade. Já tivemos o palco no adro, pelo menos duas vezes», frisou a presidente da Casa de Portugal em Macau, Amélia António, acrescentando que a organização terá «a preocupação» de «facilitar o acesso à igreja de São Lázaro» e «respeitar as horas de culto».

Apesar da incerteza, a dirigente referiu que o arraial terá maior número de participantes, alargando-se assim a ocupação das ruas laterais. «Para além desse crescimento físico estamos a tentar que, ao nível da animação, também haja mais actuações em palco, sobretudo com música mais apropriada a uma festa popular para que as pessoas se sintam envolvidas num clima de alegria, apesar da chuva [que poderá cair]», sublinhou Amélia António.

Em jeito de contra-ponto, Miguel de Senna Fernandes lembrou depois que «ainda está por cumprir o importante sonho da participação efectiva de exploração de tendas por grupos de associações chinesas».

Enquanto isso, a organização vai ter que pagar uma determinada quantia monetária devido aos parquímetros que não vão poder ser utilizados nas artérias destinadas à presente edição. «É notícia», assinalou com ironia Amélia António, escusando-se por enquanto a revelar o montante avançado pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, pois quer primeiro saber qual o cálculo utilizado.

PEDRO DANIEL OLIVEIRA

pedrodanielhk@hotmail.com

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