Quem dá o pão, dá a educação
Os pais, que transmitiram a vida aos filhos, têm a primazia da sua educação, pelo que devem ser reconhecidos como os seus primeiros e principais educadores.
Esta função educativa é de tanta importância que, onde não existir, dificilmente poderá ser suprida. É dever dos pais criar um ambiente favorável à sua consecução.
É na família que se aprendem também as normas de convivência e as virtudes de que a sociedade tanto necessita.
A íntima conexão entre a família e a sociedade impõe a esta o dever fundamental de respeitar e promover o equilíbrio, pois ambas têm a função complementar na defesa e na formação do bem de cada um e de toda a humanidade.
O bem ou o mal da família projecta-se directamente na malha social, pelo que é da responsabilidade da toda a comunidade e das autoridades competentes promover e assegurar o bem-estar das famílias, nomeadamente as que, por diversos motivos, estiverem mais carentes de equilíbrio, seja ele financeiro, afectivo ou outro.
Enquanto comunidade de partilha e de amor, a família deve ser o verdadeiro antídoto contra as tensões, agitações, conflitos e choques entre os individualismos e os egoísmos, geradores de isolamento, solidão e abandono físico, afectivo e moral.
Casa de pais, escola de filhos, reza um velho ditado… todavia nunca foi tão actual e necessário.
“Na educação dos filhos surgem tensões, porque às vezes não é fácil conciliar o carinho e a disciplina. Mas aqui o erro seria ficar-se a meio. Para ser um bom pai, o essencial é estar presente na família, partilhar as alegrias e as tristezas com a esposa, acompanhar as crianças à medida que vão crescendo”.
O acolhimento, o amor, a estima a cada criança que vem ao mundo deverão constituir sempre a marca distintiva e imprescindível da célula base da sociedade.
O material, o afectivo, o educativo e o espiritual são factores únicos para as crianças poderem crescer “em sabedoria, idade e graça” diante de Deus e dos homens.
Famílias unidas serão alicerces sólidos para a construção de sociedades mais fortes, mais coesas e menos permeáveis às intempéries que ao longo dos tempos vão fazendo os seus estragos.
Porém, o nosso tempo tem sido pródigo em inflacionar esta vertente altamente desagregadora e responsável de tanto dano moral e espiritual, com gravosos reflexos emotivos, de aproveitamento escolar e de aumento de problemas do foro psicológico, os quais no seu todo representam um pesado encargo para toda a economia.
SUSANA MEXIA
Professora