JANETH CUÑADO, LÍDER DO “THE PRAISE CHOIR” (CORO DE LOUVOR)

JANETH CUÑADO, LÍDER DO “THE PRAISE CHOIR” (CORO DE LOUVOR), EM ENTREVISTA A’O CLARIM

Uma vida de serviço através da música

Janeth Cuñado, uma dedicada trabalhadora filipina, vive em Macau desde 2007. Mãe de cinco filhos e avó de cinco netos, deixou a família nas Filipinas a fim de procurar trabalho no estrangeiro. A sua jornada de fé e de serviço à Igreja começou anteriormente, em Hong Kong, onde conheceu o padre José Ángel Castellanos, SVD. Ao chegar a Macau, o padre Ángel convidou-a para servir na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, onde era pároco. Desde então, Janeth tem estado muito empenhada com o ministério da música – toca guitarra e participa activamente na comunidade El Shaddai. Em entrevista ao nosso jornal, partilhou um pouco da sua história e falou sobre a missão do coro que lidera.

O CLARIM – É líder de um coro. Pode falar-nos sobre essa experiência?

JANETH CUÑADO – Fundámos o “The Praise Choir” há nove anos com o padre Ángel, que nos abençoou na sua paróquia. Agora servimos em três igrejas. Cantamos nas missas em Inglês da igreja de São Lourenço – tanto na Missa antecipada aos sábados, como na Missa Dominical, às 19 horas e 30. Também cantamos na igreja de Nossa Senhora das Dores, em Ká-Hó, durante a Missa das 11:00 horas, e às 16:00 horas na igreja de Santo António. Cantamos em quatro missas ao fim-de-semana.

CL – Como começou a servir na igreja de Nossa Senhora das Dores?

J.C. – O padre Stan Plawecky, SCJ, convidou-nos quando nos conhecemos durante uma celebração no convento das Irmãzinhas de Maria de Nazaré, e em Março deste ano começámos a actuar na igreja de Nossa Senhora das Dores. Quando chegámos não havia coristas, nem leitores. Então, os nossos membros do coro tentaram ajudar, realizando também outros ministérios litúrgicos durante a Missa.

CL – A igreja de Nossa Senhora das Dores fica muito longe da península de Macau, onde a maioria de vós trabalha, sendo que não têm carros para se deslocarem a Coloane. O que vos motiva a fazê-lo todos os Domingos?

J.C. – Ter coração de servo leva-nos a servir onde podemos ajudar a construir a Igreja. Este é o papel do “The Praise Choir”. Nunca procurámos cantar numa igreja específica. Vamos onde somos necessários. No início, costumávamos cantar na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, mas depois outro coro foi preparado para lá actuar e mudámo-nos para outros lugares onde de nós precisavam. Por nós, está tudo bem. Fomos e continuamos a ser necessários noutras comunidades.

CL – Cantar em três missas consecutivas tende por vezes a ser repetitivo ou rotineiro?

J.C. – Não somos artistas; louvamos o Senhor em todas as missas. Em todas as missas sentimos a presença do Senhor e expressamo-lo no nosso canto. O objectivo não é cantarmos sozinhos, mas levar toda a comunidade a louvar o Senhor. Alguns paroquianos pedem para se juntarem ao coro e nós a todos acolhemos. Encorajamo-los a trazerem alguns instrumentos e a tocarem para louvor do Senhor. Temos guitarristas, uma rapariga que toca bateria, um homem que toca viola baixo…

CL – O Domingo é o vosso dia de folga e, no entanto, passam-no na Igreja. Como se sentem em relação a essa escolha?

J.C. – Bem, esta é a nossa vida. As nossas vidas pertencem ao Senhor e sentimo-nos cheios de alegria por Ele nos ter chamado para o Seu serviço. Somos uma comunidade; rezamos juntos e esforçamo-nos por nos amar uns aos outros. Há crises e momentos de conflito, mas sabendo que viemos de diferentes contextos familiares, tentamos compreender-nos uns aos outros e crescer como seguidores de Cristo.

Conclusão:

A história de Janeth Cuñado é um testemunho do poder da fé, da comunidade e do acto de servir. Através da música, Janeth e o seu coro dão vida e espírito à liturgia, deslocando-se de autocarro desde Macau até Coloane, e sacrificando os dias de descanso para ajudar onde são mais necessários. O seu compromisso não é apenas cantar, mas construir a Igreja e conduzir outros à adoração.

Pe. Eduardo Emilio Agüero, SCJ

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