Dois seminaristas diocesanos iniciam nova vida em dia de investidura
Este ano, dois seminaristas – alunos do Seminário Diocesano de São José – foram oficialmente acolhidos na formação do Seminário, tendo as respectivas investiduras ocorrido no passado sábado, 13 de Setembro, na igreja de São Domingos. A cerimónia, preparada para o efeito, realizou-se durante a celebração de Missa presidida pelo reitor do Seminário, o bispo D. Stephen Lee.
O rito de investidura permite que os seminaristas enverguem oficialmente a sotaina em todas as celebrações litúrgicas.
Ao colocarem a sotaina, os dois jovens seminaristas, Argene Aguila Clasara e Jaden Jude Justinian Ravindran, comprometeram-se a dar continuidade à sua formação e a no futuro abraçarem o Sacerdócio. Durante os ritos litúrgicos, declararam publicamente a sua dedicação a Cristo e à Sua Igreja. Este acto constitui uma fonte de graça e um apelo à santidade. Como disse São Filipe Néri: «A batina [sotaina] não é apenas um hábito, mas um sinal de vocação divina. Deve ser usada com a máxima reverência e deve inspirar quem a veste a viver uma vida de piedade e virtude». A sotaina serviria como sinal visível da disposição de fazer a vontade de Deus de servir o Seu povo. Esta vontade de Deus é um caminho para nos (os seminaristas e os sacerdotes) santificarmos, a fim de santificar os outros. No caso das sotainas, elas representam humildade, simplicidade e compromisso com uma vida de serviço a Deus, segundo a Sua vontade.
Usar sotaina é um sinal visível da dedicação de alguém à fé; significa que há uma separação em relação às preocupações mundanas. A sua cor é frequentemente significativa – tradicionalmente é preta, simbolizando humildade e sacrifício. Lembra também aos fiéis a escolha feita pelos seminaristas de se entregarem, pelo caminho estreito da cruz, à morte ao serviço do mundo. Os fiéis são convidados a rezar por eles, para que possam usar a sotaina como sinal de devoção e da sua afirmação de pertencerem a Jesus, a quem chamamos, com razão, nosso Senhor e Deus.
As sotainas servem igualmente como lembrança visível do compromisso dos seminaristas para com a sua fé e vocação. Daí ser necessário ter hoje bons seminaristas para que no futuro possamos ter pastores formados segundo o coração de Deus: santos, entusiastas e dedicados a servir a Igreja. Os seminaristas devem dizer corajosamente “não” ao que é inadequado às suas vocações e afastarem-se dos espíritos do mundo, ousando nadar contra a corrente sem serem levados pela correnteza. O caminho perfeito não é alcançado, se não se entregarem e lutarem contra as fraquezas humanas.
O Seminário Diocesano de São José conta actualmente com quatro seminaristas que se preparam para o Sacerdócio diocesano. São seminaristas que irão servir as diversas necessidades ministeriais da diocese de Macau, após serem ordenados.
Pedimos orações contínuas por estes jovens. Deo Gratias.
Pe. Leonard Dollentas