Mais educação, menos política e economia

PORTUGAL RESPEITA A VISÃO CHINESA EM RELAÇÃO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Mais educação, menos política e economia

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que entre Portugal e a República Popular da China «há áreas em que temos diversidades e visões diferentes», como acontece «no caso dos sistemas políticos ou de governação em sentido amplo», ou seja – especificou – sistemas «político-económico e sociais em que se integra a questão da vivência e da visão sobre os direitos, os cidadãos e o poder político».

Durante a conferência de Imprensa realizada nas instalações do Consulado-Geral de Portugal para Macau e Hong Kong, na qual estiveram presentes jornalistas de Órgãos de Comunicação Social da RAEM, quando questionado sobre a posição de Portugal em relação aos direitos fundamentais, Marcelo disse que «Portugal nunca deixa de afirmar os seus valores constitucionais, mas tal não impede, de todo em todo, que haja diálogo político ao mais elevado nível».

Neste âmbito, explicou que há dois tipos de parcerias entre os Estados: «Há uma parceria competitiva no que respeita à definição de regras – aí sim, há competição! E áreas em que há uma parceria cooperativa, como é o caso das interconectividades, das alterações climáticas e da liberdade de comércio».

O Presidente deixou assente que embora haja «uma cooperação no plano político, Portugal tem o seu sistema político, constitucional, jurídico, e a sua visão dos valores essenciais no plano interno e para a comunidade internacional; assim como a República Popular da China terá a sua visão sobre estas matérias, diferente da visão portuguesa».

Para Marcelo, no quadro actual, mais importante do que falar de política ou de economia «é a aposta na Educação, na língua portuguesa, na cultura portuguesa, no Mandarim e no seu ensino em escolas portuguesas, e no intercâmbio cultural». Segundo ele, «isto tem mais efeitos a médio e longo prazo em muitas gerações, do que os muito importantes passos dados em matéria económica e financeira» (N.d.R.– leia nesta página o artigo intitulado “Universidade de São José é vital no intercâmbio de culturas”).

José Miguel Encarnação

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