Ordenação sacerdotal de mulheres é assunto encerrado, refere o Papa
O Papa Francisco disse no voo de regresso dos Estados Unidos que o apoio manifestado às religiosas desse país não significa uma abertura à ordenação sacerdotal de mulheres.
«Não pode ser feito», avisou, em declarações aos jornalistas que o acompanhavam no voo de regresso a Roma, após a primeira viagem aos Estados Unidos.
Francisco citou, a este respeito, a posição «clara» de São João Paulo II, após «uma longa, longa e intensa reflexão».
Segundo o Papa, não está em causa a «capacidade» ou a «importância» das mulheres, algo que deve ser melhor explicado através da «elaboração da Teologia da mulher».
A respeito das religiosas norte-americanas, Francisco elogiou as «maravilhas» que fazem no campo da educação e da saúde.
«O povo dos Estados Unidos ama as suas irmãs. Não sei quanto amam os seus padres [risos], mas amam as suas irmãs, amam-nas muito. São grandes, são grandes mulheres», declarou.
Dia pela Vida
O Papa Francisco desejou, entretanto, que o Dia pela Vida (Day for Life), na Irlanda, origine um «novo reconhecimento» que o direito à vida é o «fundamento do desenvolvimento humano integral» e a medida de uma sociedade «compassiva».
«Imitemos Deus protejamos, tutelemos, defendamos cada vida humana, em particular as dos mais débeis e vulneráveis: doentes, idosos, nascituros, pobres e marginalizado», escreveu o Papa que recordou os ensinamentos de São Francisco de Assis na mensagem enviada aos bispos irlandeses.
A Irlanda celebrou o Dia pela Vida no passado Domingo, 4 de Outubro, com o tema “Cultivar a vida, aceitar a morte”, defendendo a dignidade da vida humana desde a concepção até a morte natural.
Por sua vez, os prelados irlandeses publicaram um documento onde destacaram «os notáveis progressos médicos e tecnológicos» que permitem que os doentes crónicos recebam tratamentos salva-vidas e pelos quais se deve «estar agradecido».
Contudo, recordam que todos, «mais cedo ou mais tarde, devem morrer» e que esses progressos levaram a «decisões complexas sobre os tratamentos médicos adequados» às pessoas em fim de vida e os bispos sugerem duas atitudes.
«Amamos a vida porque cada pessoa é amada por Deus e cada vida é um dom precioso que nunca deve ser destruído ou descuidado. De facto, é um erro acelerar ou provocar a morte, porque Deus nos chamará no tempo devido», é a primeira.
A segunda atitude é «aceitar a morte», o que significa que é necessário evitar a «obstinação terapêutica» quando os tratamentos «não fizerem efeito ou até prejudicarem os pacientes».
Para os bispos irlandeses nestas situações é importante que as pessoas se guiem por duas questões: «Esta decisão ama a vida? E aceita a inevitabilidade da morte?»
«É preciso procurar responder que sim a ambas porque a vida é um dom de Deus e a morte é uma porta de acesso a uma nova vida com Ele», conclui o documento da Igreja na Irlanda pela celebração do Dia pela Vida.
In ECCLESIA