Papa associou-se ao Dia Internacional contra a Corrupção
O Papa recorreu à sua conta no Twitter para associar-se ao Dia Internacional contra a Corrupção, assinalado na passada segunda-feira, que considerou um “cancro” da sociedade.
“A corrupção humilha a dignidade da pessoa e despedaça os ideais bons e belos. Toda a sociedade é chamada a empenhar-se concretamente para combater o cancro da corrupção que, com a ilusão de lucros rápidos e fáceis, na realidade empobrece todos”, escreve Francisco, numa mensagem acompanhada pelo hashtag #IACD2019.
Ainda esta manhã, no Vaticano, o Papa recebeu uma fundação que trabalha com adolescentes na Itália, Bolívia, Colômbia, Guatemala e Peru, destacando a importância de “educar as novas gerações para uma cidadania ativa e participativa, que coloque no centro a pessoa e o cuidado do ambiente”.
E EM PORTUGAL
Entretanto, no último Domingo, o cardeal D. António Marto denunciou no Santuário de Fátima a «chaga social» da corrupção, falando aos peregrinos reunidos na Cova da Iria para a celebração da Solenidade da Imaculada Conceição.
«A santidade no mundo concreto do dia-a-dia é o melhor e o mais forte antídoto contra a corrupção, que é uma chaga social difícil de curar, um cancro difícil de extirpar até às suas raízes», disse.
O bispo de Leiria-Fátima assinalou a importância da «cultura da honestidade» e desafiou os milhares de peregrinos a não baixar os braços na luta contra a corrupção.
«Amanhã [segunda-feira, 9 de Dezembro]comemora-se o Dia Internacional contra a corrupção: não nos esqueçamos disso», alertou, convidando todos «a ser honestos, primeiro com Deus; depois consigo mesmo e com a própria consciência; e, finalmente com os outros, na actividade económica, na actividade política, em toda a actividade social».
«Não deixemos corromper a nossa consciência, que é aquilo que é mais sagrado, pois é o lugar sagrado onde Deus nos fala e nos interpela», exortou D. António Marto.
O cardeal português apresentou a figura da Virgem Maria como exemplo de santidade da vida quotidiana, «dos pequenos gestos».
«Um gesto de ternura, uma ajuda generosa, um tempo dispensado a alguém que precisa de companhia, uma visita a quem está só, triste ou abandonado, uma palavra boa de conforto a quem anda abatido, um afecto, um carinho que faz sentir ao outro que nos é querido, uma partilha… Podem parecer gestos insignificantes mas aos olhos do Deus são gestos santos e eternos, porque só o amor é eterno», exemplificou.
In Eclesia