Papa envia mensagem aos católicos da China
O Papa Francisco enviou na passada terça-feira uma mensagem de «proximidade e afecto» aos católicos da China, que hoje celebram a festa de Maria Auxiliadora, particularmente venerada no Santuário de Nossa Senhora de Sheshan, perto de Xangai.
«Esta feliz ocasião permite-me expressar especial proximidade e afecto a todos os católicos da China que, entre dificuldades e provas diárias, continuam a acreditar, a amar e a amar», referiu o Santo Padre, no final da audiência pública semanal que decorreu no Vaticano.
Francisco enviou a sua bênção aos católicos chineses e disse rezar por todas as comunidades do País.
«Caros fiéis na China, a nossa Mãe Celestial ajudar-vos-á a serdes testemunhas da caridade e da fraternidade, mantendo-vos sempre unidos na comunhão da Igreja Universal», sublinhou.
Em Setembro de 2018, Pequim e a Santa Sé assinaram um acordo sobre a nomeação dos bispos católicos.
«Desejo que se possa abrir uma nova fase na China, que ajude a curar as feridas do passado, a restabelecer a manter a plena comunhão de todos os católicos chineses e a assumir com renovado empenho o anúncio do Evangelho», afirmou então o Sumo Pontífice.
O acordo provisório permitiu que todos os prelados do País estejam agora em comunhão com o Papa, pela primeira vez em décadas.
As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.
Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé, a Associação Patriótica Chinesa, e em seguida reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu depois da expulsão da China.
Pequim só reconhecia os bispos nomeados pela Associação Patriótica Chinesa; os bispos nomeados directamente pelo Vaticano foram, muitas vezes, perseguidos e presos pelas autoridades.
REZAR EM TODAS AS SITUAÇÕES
Também na audiência semanal das quartas-feiras, o Papa Francisco disse que os católicos devem rezar «em todas as situações» e por todas as pessoas.
«Nunca deixamos de falar ao Pai dos nossos irmãos e irmãs na Humanidade, para que nenhum deles, especialmente os pobres, permaneçam sem uma consolação e uma porção de amor», apelou, perante milhares de pessoas.
Para Francisco, a oração cristã nasce da «audácia de poder chamar Pai a Deus», um «acto de intimidade filial».
Na mesma ocasião, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa: «Neste mês dedicado à Virgem Maria, procurai contemplar mais intensamente a face do Senhor Jesus com a oração do Terço, para que Ele seja o centro dos vossos pensamentos, das vossas acções, da vossa vida».
In ECCLESIA