TEOLOGIA, UMA DENTADA DE CADA VEZ (116)

TEOLOGIA, UMA DENTADA DE CADA VEZ (116)

Quão necessitamos dos Sacramentos?

Vimos antes que com os sete sinais sagrados instituídos por Jesus Cristo, Deus deu ao Homem (1) vida para a sua alma, (2) luz para a sua mente e (3) força para a sua vontade. Esses sinais são os já nossos conhecidos “Sacramentos”.

Ora, quão desesperadamente precisamos dos Sacramentos?

NECESSIDADE DA GRAÇA SANTIFICANTE– A vida sobrenatural é algo de que todos nós necessitamos. Sem ela estaríamos condenados a uma vida de frustração eterna depois da morte (ou seja, condenados ao Inferno). E onde é que podemos obter a vida sobrenatural? Como já compreenderam, por intermédio dos Sacramentos. Quando faltar esta vida sobrenatural, esta graça santificante, por culpa do pecado original, podemos sempre obtê-la por meio do Baptismo. Se a perdermos por culpa do pecado mortal, podemos recuperá-la por meio da Confissão.

Os Sacramentos do Baptismo e da Confissão costumavam ser denominados como “Sacramentos dos Mortos”, porque dão vida às almas que se encontram espiritualmente mortas. Os outros Sacramentos são os chamados “Sacramentos dos Vivos”, porque para recebê-los é preciso estar espiritualmente vivo, ou seja, é preciso estar no estado de graça santificante. Os Sacramentos dos Vivos aumentam em nós a graça santificante.

NECESSIDADE DAS GRAÇAS ACTUAIS– Os Sacramentos não dão apenas vida. Eles iluminam as nossas mentes e fortalecem a nossa vontade. Dão-nos as graças actuais que nos ajudam a pensar, falar e agir como filhos de Deus.

As graças actuais ajudam o nosso intelecto, o qual muitas vezes está nublado com fantasias, paixões ou orgulhos. Ajudam-nos a compreender Deus, o mundo e nós próprios; ajudam-nos a fazer julgamentos correctos e auxiliam o nosso raciocínio.

As graças actuais fortalecem a nossa vontade para que possamos gerir as nossas emoções e paixões, em vez de sermos dominados por elas. Têm o dom de aumentar a nossa capacidade para enfrentarmos desafios e superarmos as adversidades.

Através dos Sacramentos e da oração ficamos unidos a Jesus, de quem emanam todas as graças: «Permanecei em mim, e Eu permanecerei em vós. Nenhum ramo pode produzir fruto por si mesmo, se não estiver ligado à videira. Vós igualmente não podeis dar fruto por vós mesmos, se não permanecerdes unidos a mim. Eu Sou a videira, vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e Eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim não podeis realizar obra alguma. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Então, esses ramos são juntados, lançados ao fogo e queimados. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que desejardes, e vos será concedido (João 15:4-7)».

Um cristão que deseje ser salvo tem que rezar e receber os Sacramentos. Um cristão que deseja ser santo e ser um apóstolo efectivo deve rezar sempre e receber frequentemente os Sacramentos.

O Papa Francisco, na Audiência Geral de 21 de Março de 2018, disse: «Hoje é o primeiro dia de Primavera: Boa Primavera! Mas o que acontece na Primavera? Florescem as plantas, florescem as árvores. Far-vos-ei algumas perguntas. Uma árvore ou uma planta doentes, florescem bem, se estão doentes? Não! Uma árvore, uma planta que não for regada pela chuva ou artificialmente, pode florescer bem? Não! E uma árvore ou uma planta das quais foram tiradas as raízes, ou que não as têm, podem florescer? Não! Mas pode-se florescer sem raízes? Não! E esta é uma mensagem: a vida cristã deve ser uma vida que precisa de florescer em obras de caridade, em gestos de bem. Mas se tu não tens raízes, não poderás florescer; e quem é a raiz? Jesus! Se ali, nas raízes, não estiveres com Jesus, não florescerás! Se não regares a tua vida com a oração e os sacramentos, terás flores cristãs? Não! Porque a oração e os sacramentos irrigam as raízes e a nossa vida floresce. Faço-vos votos a fim de que esta Primavera seja para vós uma Primavera florida, como será a Páscoa florescida. Florida de boas obras, de virtudes, de gestos de bem para os outros. Recordai isto, é um pequeno verso muito bonito da minha Pátria: “O que a árvore tem de florescido vem daquilo que tem de enterrado”. Nunca cortemos as raízes com Jesus».

Pe. José Mario Mandía

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