Papa enviou carta a Bashar al-Assad
O Presidente da Síria, Bashar al-Assad, recebeu uma carta do Papa, na qual Francisco reforça a sua condenação a “qualquer forma de extremismo e terrorismo”.
A informação foi avançada pela agência de notícias oficial Sana, após uma audiência do chefe de Estado sírio ao cardeal D. Mario Zenari, núncio apostólico (representante diplomático da Santa Sé) em Damasco.
O Papa, refere a agência oficial, “exprime a sua solidariedade à Síria e ao seu povo, à luz das difíceis circunstâncias do País”, e pede que “se unam todos os esforços para colocar fim à guerra na Síria e restaurar a paz”, a fim de que o País possa ser um “modelo de coexistência entre culturas e religiões”.
Bashar al-Assad, por sua vez, felicitou D. Mario Zenari por ter sido criado cardeal e saudou a decisão do Papa de mantê-lo o seu representante diplomático em Damasco.
Segundo a Rádio Vaticano, esta é a primeira vez na história moderna em que um núncio apostólico se mantém no seu posto diplomático após ser criado cardeal.
Entretanto, o Papa alertou para a destruição de Aleppo e desafiou a comunidade internacional a fazer uma «escolha de civilização» para pôr fim à guerra, que afecta em particular a parte leste da cidade síria.
Francisco disse que todos os dias está «próximo, sobretudo na oração», das pessoas de Aleppo.
Egipto
O Papa telefonou ao Patriarca da Igreja copta-ortodoxa, Tawadros II, para manifestar-lhe o seu pesar pelo atentado junto da Catedral de São Marcos, no Cairo.
Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, Francisco deixou uma palavra de solidariedade ao Patriarca e à comunidade copta atingida pelo ataque, que provocou mais de vinte mortes e dezenas de feridos, incluindo muitas mulheres e crianças.
«Estamos unidos no sangue dos nossos mártires», disse o Papa, que prometeu rezar pela comunidade copta durante Missa que presidiu na Basílica de São Pedro, na festa de Nossa Senhora de Guadalupe.
O atentado foi levado a cabo com um artefacto explosivo colocado na porta da igreja de São Pedro, junto à Catedral de São Marcos, sede da Igreja Ortodoxa Copta.
O Papa recordou os que morreram no ataque: «Quero exprimir uma proximidade particular ao meu caro irmão Papa Tawadros II e à sua comunidade, rezando pelos mortos e os feridos», disse Francisco, após a recitação da oração do ângelus na Praça de São Pedro.
Na sequência do atentado, o Presidente do Egito, Abelfatah al Sisi, declarou três dias de luto nacional.