Sé Catedral: 443 anos em união com a Santa Mãe

Sé Catedral: 443 anos em união com a Santa Mãe

PARÓQUIA CELEBRA A NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA, EPISÓDIO HISTÓRICO A QUE É DEDICADA.

Ao longo do ano são várias as festividades e os acontecimentos que dão testemunho da devoção a Maria Santíssima pela comunidade católica de Macau.

Este Domingo, 8 de Setembro, a Igreja universal celebra a solenidade da Natividade da Virgem Santa Maria. A igreja da Sé Catedral, precisamente dedicada à Natividade da Santa Mãe de Deus, agendou uma missa festiva para este dia, que terá início às 10 horas e 30, em Chinês e Português, sendo celebrada pelo bispo D. Stephen Lee. A missa pretende reunir em torno de Nossa Senhora os fiéis de língua chinesa que frequentam a missa das 9 horas e 15, e os fiéis da missa em Português das 11 horas.

Também para Domingo foi agendado um almoço convívio, a ter lugar pelas 13 horas no restaurante “The Plaza” no Porto Exterior, com o intuito de reunir a comunidade católica.

A NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA

A Igreja celebra com júbilo muitas festas e solenidades de Nossa Senhora por esta ser a Mãe de Deus que se fez homem, tendo dado corpo ao Verbo Divino para que acontecesse a salvação da humanidade. A celebração do nascimento da Virgem Maria, como disse Santo André de Creta (séculos VII e VIII), honra a natividade da Mãe do Senhor.

Anos mais tarde, com o seu sim a Deus, Maria respondeu em nome de toda a humanidade ao Criador e permitiu, então, que o Senhor da História entrasse na história dos homens, para salvá-los. Por isso, a Igreja presta à Virgem Santíssima o culto chamado “hiperdulia”. É exclusivo a Maria Santíssima e nasce da necessidade de elevar o culto à Virgem, colocando-a numa posição privilegiada, acima de todos os santos, mas sem alcançar o limite, a “latria”. Daí que somente para Maria, como também para João Baptista e Jesus Cristo, a Igreja celebra não só o nascimento para o céu, mas também o nascimento para este mundo.

Maria foi concebida no ventre de sua mãe Ana, sem o pecado original, adornada das graças mais preciosas que convinha àquela, pois foi escolhida para ser a Mãe do Salvador. Ela é a Nova Eva, que veio para desatar o nó da desobediência de Eva, e esmagar a cabeça de Satanás (Génesis 3:15). Por isso, esta festa foi sempre celebrada com louvores por muitos Santos Padres, que tiraram as suas conclusões da Bíblia. São Pedro Damião (1007-1072), doutor da Igreja, no seu “Segundo Sermão sobre a Natividade de Nossa Senhora”, diz: “Deus omnipotente, antes que o homem caísse, previu a sua queda e decidiu, antes dos séculos, a redenção humana. Decidiu portanto encarnar-se em Maria”.

A memória litúrgica da Natividade de Nossa Senhora remonta ao século V, quando foi edificada em Jerusalém uma igreja, num sítio que os apócrifos indicavam como lugar da casa de Joaquim e de Ana, pais da mãe de Jesus. São desconhecidas as razões da data de 8 de Setembro. A Igreja Oriental soleniza a natividade de Maria como início do ano litúrgico; no Ocidente (a partir de Roma) as primeiras celebrações surgem no século VII.

Miguel Augusto 

 com Felipe Aquino e Dehonianos

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