PRÁTICAS DE ORAÇÃO E LOUVOR

PRÁTICAS DE ORAÇÃO E LOUVOR

O dia, a semana e o mês do Católico

Com a entrada do novo ano, e no seguimento da análise do Ano Litúrgico que fizemos no passado mês de Dezembro, falamos hoje sobre as devoções do dia, da semana e do mês do católico. Alguns países e regiões têm devoções mais específicas, mas as que se seguem são comuns entre todos.

Durante o dia, para além da Liturgia diária universal, a Igreja oferece-nos a Liturgia das horas que se inicia pela manhã (Laudes). Nas orações da noite (Completas), antes de dormir, normalmente inclui-se o exame de consciência. Também para cada dia a Igreja lembra o santo dessa data, dando-nos uma breve introdução da sua vida, das suas virtudes e caminhada na fé. Algumas famílias ainda meditam na Sagrada Escritura, rezam o Terço a Nossa Senhora e/ou o Terço da Divina Misericórdia.

Cada mês do ano é dedicado a uma devoção particular baseada em eventos históricos, a um aspecto particular do Calendário Litúrgico ou ainda a uma combinação de ambos.

DEVOÇÕES DA SEMANA

Domingo– A origem etimológica deixa claro o seu significado: o Domingo é, literalmente, o dia do Senhor.

Lembramos a Ressurreição de Cristo e a Santíssima Trindade. Neste dia devemos abster-nos do trabalho servil desnecessário e cumprir o preceito de assistir à Santa Missa.

Segunda-feira– Dia dedicado ao Espírito Santo e às Almas do Purgatório.

Terça-feira– Santos Anjos. É dia para se homenagear a Santa Face.

Quarta-feira– Muitos católicos fazem uma especial devoção a São José ao participarem na missa da primeira quarta-feira do mês durante sete meses consecutivos. Oferecem a Comunhão a este santo e para a salvação daqueles que estão à beira da morte. Os setes meses lembram as sete agonias e as sete alegrias de São José.

Quinta-feira– Muitos católicos fazem a chamada “Hora Santa”, dedicando uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento, como devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Sexta-feira– Lembra-se a Paixão de Cristo. É costume fazer-se a “Devoção das Primeiras Sextas-feiras”, em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Isto implica ir à missa e receber a Comunhão, para reparação ao Sagrado Coração, na primeira sexta-feira do mês, durante nove meses consecutivos. A Igreja pede que se abstenha de comer carne ou que se substitua por um outro sacrifício ou acto de caridade.

Sábado– Há a devoção a Nossa Senhora. É costume fazer-se a “Devoção dos Primeiros Sábados”, que implica Confissão, Missa e Comunhão, para além de se meditar quinze minutos nos mistérios do Rosário, durante cinco meses consecutivos, em reparação do Imaculado Coração de Maria – um pedido de Nossa Senhora de Fátima.

AS DEVOÇÕES DE CADA MÊS

Janeiro– É o mês do Santíssimo Nome de Jesus. Depois da Oitava de Natal, a Igreja celebra-o no dia 2 de Janeiro. É uma festa muito importante, mas que por vezes passa despercebida. Devido às festas que pertencem à infância de Cristo, Janeiro tornou-se também o mês dedicado à Infância de Jesus.

Fevereiro– É o mês dedicado à Sagrada Família. Embora o início da Quaresma mude de acordo com o calendário civil, uma boa parte de Fevereiro dá-nos espaço de tempo entre as celebrações do Natal e do foco maior na vida pública e no ministério de Jesus, que ocorre na Quaresma.

Março– É o mês da devoção a São José (19 de Março). A solenidade de São José data do fim do século XV. Ao longo dos séculos, o mês inteiro de devoção a São José tornou-se parte da tradição. Numa sociedade que parece desprezar a importância do matrimónio e da paternidade, São José, o esposo da Virgem e o homem que teve a responsabilidade de cuidar de Jesus e Nossa Senhora, é um modelo santo de pai cristão, obediente e fiel.

Abril– É dedicado à devoção da Eucaristia e do Divino Espírito Santo. Esta tradição desenvolveu-se porque o Domingo de Páscoa normalmente celebra-se em Abril, e mesmo quando se inicia no mês de Março a época da Páscoa continua em Abril.

Maio– É o mês da Virgem Maria. A devoção à Mãe de Deus em Maio remonta aos tempos barrocos – século XVII. Devido ao feriado norte-americano do Dia das Mães neste mês, os católicos usam este tempo para relembrar o papel de Maria Santíssima como Mãe; modelo para as mães cristãs, na sua fidelidade para com a vontade de Deus.

Junho– É o mês do Sagrado Coração de Jesus. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é muito antiga; os Padres da Igreja já falavam dela. Do coração do Senhor na cruz, brotou sangue e água, símbolos do Baptismo e da Eucaristia, e também da Igreja, Esposa de Cristo. A devoção ao Sagrado Coração encoraja a participação na Adoração Eucarística e a receber a Sagrada Comunhão na primeira sexta-feira de cada mês.

Julho– É dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor. A festa do Preciosíssimo Sangue realiza-se no primeiro Domingo do mês.

Agosto– É o mês dedicado ao Santíssimo Sacramento. Recomenda-se, assim, uma maior dedicação de cada fiel à Adoração Eucarística. Agosto é também o mês do Imaculado Coração de Maria, sendo que a 15 de Agosto a Igreja celebra a Assunção de Nossa Senhora aos Céus em corpo e alma.

Setembro– É tradicionalmente dedicado às Sete Dores de Maria, visto que a festa de Nossa Senhora das Dores também acontece em Setembro. As Dores são: a profecia de Simeão; a fuga para o Egipto; a perda do Menino Jesus em Jerusalém por três dias; o encontro com Jesus no seu caminho para o Calvário; a presença aos pés da Cruz; a descida de Jesus da Cruz, e o sepultamento do Senhor.

Outubro– É o mês das Missões e do Santo Rosário devido ao aniversário da vitória da Batalha de Lepanto e da festa de Nossa Senhora da Vitória. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração a 7 de Outubro para toda a Igreja. A partir de 1960, com a reforma do Calendário Litúrgico, o Papa João XXIII proclamou o novo título mariano para esta festa – Nossa Senhora do Rosário – e dedicou o mês de Outubro ao Santo Rosário e às missões apostólicas.

Novembro– É dedicado às almas do Purgatório. No Dia de Finados (2 de Novembro) lembram-se todos os fiéis falecidos.

Dezembro– É dedicado ao Advento (à Vinda) de Cristo. Refere-se não só à preparação para o nascimento do Menino Jesus – que se deu há mais de dois mil anos – mas também é o convite a uma preparação espiritual e piedosa com vista à segunda e definitiva vinda do Senhor.

Miguel Augusto 

 com Aleteia, dominumvobiscum.wordpress.com e verafidei.blogspot.com

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