Páscoa poderá ser celebrada à porta fechada

Páscoa poderá ser celebrada à porta fechada

D. STEPHEN LEE REÚNE HOJE COM OS PÁROCOS DA DIOCESE DE MACAU

A diocese de Macau decide hoje de que forma se vão assinalar no território as celebrações do Tríduo Pascal. O bispo D. Stephen Lee vai estar reunido, em sessão plenária, com os párocos e outros sacerdotes, disse a’O CLARIMo padre Cyril Law, chanceler da Diocese.

As celebrações do mais importante dos períodos do Calendário Litúrgico – o Tríduo Pascal – estão envoltas em incerteza devido ao agravamento da pandemia de Covid-19. Desde o início da semana, o número de casos diagnosticados em Macau quase duplicou, obrigando o Governo, instituições e população a cautela redobrada.

O bispo D. Stephen Lee vai estar hoje reunido com os párocos e sacerdotes que servem a Igreja em Macau, com o propósito de decidir se as igrejas abrem portas para a celebração da Morte e Ressurreição de Cristo ou se o recurso às novas tecnologias continuará a pautar o modo como os católicos do território vivem a sua fé. «A decisão vai ser tomada durante uma sessão plenária na sexta-feira. Esperamos poder anunciar novidades o mais depressa possível», disse a’O CLARIMo padre Cyril Law, chanceler da diocese de Macau.

A informação é reiterada pelo padre Daniel Ribeiro. O vigário paroquial da igreja da Sé Catedral reconhece que há uma forte possibilidade de as celebrações do Tríduo Pascal poderem vir a ser conduzidas à porta fechada com transmissão via Internet. «Nós vamos ter uma reunião. Os padres e o bispo vão estar reunidos na sexta-feira para definir o que vai acontecer na Diocese. É muito provável que tenhamos as celebrações apenas via Internet», admitiu o sacerdote. «Se assim for, é uma grande perca para toda a comunidade local, porque a Páscoa é o momento principal da fé do cristão. É na Páscoa que as pessoas adultas são baptizadas e através do Baptismo tornam-se cristãs. É uma perca muito grande», assumiu.

A diocese de Macau anunciou no início do mês a reabertura progressiva das igrejas, ao fim de quase trinta dias em que os templos católicos permaneceram de portas fechadas. Os serviços religiosos foram reatados para pequenos grupos de pessoas durante a semana, mas a eucaristia dominical continua a ser conduzida sem a presença de fiéis. Para o padre Daniel Ribeiro, os tempos que se vivem exigem não só vigilância, mas também uma atitude responsável por parte das instituições e a Igreja não deve ser excepção. «A Páscoa é o momento principal da vida dos cristãos. É a festa principal na celebração do Calendário Litúrgico. Mas a Igreja, como todas as outras instituições, como todos os membros da sociedade, precisam de colaborar neste momento de tanta dor», defendeu o vigário paroquial da igreja da Sé. «Ainda que a Igreja tenha o desejo de ficar aberta, de ter celebrações, ainda que de forma mais serena, a Igreja vai seguir sempre as orientações locais. É muito provável que estas celebrações não se realizem», acentuou o jovem sacerdote brasileiro.

Marco Carvalho

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