Viagem foi «sinal» para a Europa
A viagem do Papa à Albânia pretendeu ser mais um sinal para a Europa, no sentido das nações mais poderosas olharem mais atentamente para os chamados países da “periferia”.
De acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco manifestou essa esperança na conversa que teve com os jornalistas durante a viagem de avião entre Tirana e Roma, de regresso ao Vaticano.
Uma das questões levantadas durante o diálogo foi sobre o significado da escolha da Albânia como primeiro país a visitar na Europa: se o Papa argentino pretendeu com esta iniciativa também enviar alguma mensagem aos «mais poderosos» do Velho Continente.
Francisco admitiu que a esse nível a viagem quis também ser «uma mensagem, um sinal».
O Papa confidenciou ainda que antes de seguir para a Albânia «estudou durante dois meses o período mais difícil daquele país, para o compreender».
«Durante o regime comunista o nível de crueldade foi terrível e quando vemos as imagens daqueles que foram mortos, não só católicos, mas ortodoxos e muçulmanos… Isto aconteceu porque eles afirmaram a sua fé. Cada uma das três comunidades deu testemunho de Deus e agora dá testemunho da sua fraternidade», sublinhou.
A cooperação étnica e religiosa que reina actualmente naquela nação dos Balcãs deve para Francisco servir de exemplo para o mundo.
«A Albânia percorreu um caminho de paz, de convivência e de colaboração que vai muito além de outros países que também têm as mais diversificadas raízes étnicas», apontou.
Depois da deslocação à Albânia, o Papa argentino vai visitar o Parlamento Europeu em Estrasburgo, no leste da França, a 25 de Novembro.
Francisco admitiu ainda a possibilidade nesse mesmo mês de seguir viagem para a Turquia, dia 28, a fim de celebrar no dia 30 a festa de Santo André com o patriarca ecuménico da Igreja Ortodoxa, Bartolomeu I.
In ECCLESIA